sábado, 31 de outubro de 2009

Um dia qualquer

"Seus olhos só brilharam daquele jeito quando ele ficou sabendo do assassinato da mãe. E quando ele soube quem o fez."

Era tarde da noite, e eu estava no boteco da esquina bebendo minha diária dose de uísque. Olhei para a mesa do lado e vi, no bar meio vazio de sexta, que ela estava olhando para mim. E era um olhar penetrante.

Fui até a mesa e puxei assunto, precisava de sexo naquela noite. Deus, como ela era linda. As horas passavam, e eu não me importava, a conversa continuava. Convidei-a para o meu apartamento. Uma das melhores noite dos meus trinta anos.

Acordei às 5h da manhã, e não dormi mais. Olhei para o lado e ali estava ela, linda, impecável, nua. Fumei um cigarro. Esperei pacientemente ela acordar e a levei para casa.

- Quando vou te ver de novo? - Ela sussurrou baixinho.

Disse que logo e sai para a rua.

Ouvi um clique em minhas costas, e pareceu que eu já estava esperando por isso.

- Gostei de você, mesmo, mas preciso fazer isso.

Expliquei que minha vingança vazia não tinha me levado exatamente a um caminho de felicidade, mas apagava um pouco da atrocidade cometida com a minha progenitora. Disse para ela abaixar a arma.

- Não posso. - Novamente um sussurro, quase inaudível.

"Você não é a primeira que tenta fazer isso", disse. Virei nesse momento e tirei a arma dela. Ela começou a chorar. Lentamente fiz o caminho para casa, mas desvei para o bar.

Essa é a minha sina, carregar essa cruz por ter matado a assassina da minha mãe. Acho que vou me mudar de cidade.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Um livro pode mudar sua vida ou "O Dilema do Papagaio Gago - Parte 1"


Ofridiosnor era um homem (não por opção) que sofria de "Eu não consigo comer ninguém". Ele vivia se lamentando para seus amigos de faculdade, dizendo "Eu estou apaixonado pela R cara, mas só consigo ser pisado por ela". Seus amigos, muito sábios, diziam "Cara, é só parar de dar atenção que ela começa a te respeitar". Mas Ofridiosnor era um homem que não ouvia seus amigos, apenas os livros que ele gostava de ler.

Frases como "Hoje começarei o plano H ao cubo" ou "Eu não comi porque era menor de idade" eram comum em sua vida. Seus amigos o taxavam de homossexual (com razão). Ele precisava mudar sua vida. Frequentava o psicólogo, que lhe apontava o dedo e ria de sua cara nas consultas por ele não conseguir pegar ninguém há mais de dez anos.

Até que um dia, Ofridiosnor resolveu viajar para uma cidadezinha do interior das Ilhas Mauritânias e lá encontrou uma biblioteca. Resolveu entrar e procurar por livros diferentes.

Ele não sabia o que, mas algo estava errado por ali. Talvez fossem os anões com chapéus pontudos que arrumavam os livros em estantes, talvez fossem as portinhas pequenas que davam para salas imensas e escondidas ou talvez fosse a recepcionista, que lhe atendeu com educação e lhe chavecou. Era isso! Uma mulher lhe chavecou! Mas como acontecera? Bom, Ofridiosnor não tinha como saber, pois achou que ela tinha um olho mais pra esquerda do que o outro, então não lhe deu bola.

Mas ele achou que o ambiente ali lhe proporcionava isso. Era algum livro especial. Ele procurou em muitos lugares. Existiam livros ali raríssimos, como "Aprenda a fazer sexo com qualquer coisa, a qualquer hora e em qualqer posição" ou "Por quê 42?". Mas Ofridiosnor queria saber como ele fora chavecado. O livro devia ser diferente. Então ele achou um livro. Um livro de capa preta, escrito com letras amarelas "O Dilema do Papagaio Gago". E um papagaio gago estampava a capa do livro. "É esse! Sei que é esse!", disse Ofridiosnor.

Ele discretamente colocou o livro debaixo de sua blusa e levou para casa... (continua)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Origem da gripe suína

Tudo começou em Trondeláguia do Sul, quando, cansado, um agricultor (sim! na Noruega) resolveu aliviar as tensões acariciando um porco. O clima tava rolando legal quando a porca espirrou. O agricultor, perdido em suas violentas vontades primais, nem percebeu. No dia seguinte estava infectado.

Viajou até Oslo para tomar um café, parou num bar e, quando foi se despedir, cumprimentou o dono da loja. Às 17h30, o dono espirrou displicentemente, fechou o local, animado com mais um dia de trabalho cumprido. Foi para a casa da amante. Chegando lá, pa pum, infecção se espalhando.

Essa amante dormia também com o faxineiro do parlamento noruegues, que costumava limpar as mãos nas toalhas que cobriam as mesas dos superiores, quando ninguém estava olhando.

Com o parlamento infectado, não demorou para a gripe viajar para outros países vizinhos. A diplomacia sendo cumprida, pessoas sendo infectadas. Após grande parte da europa ser infectada, não demorou para que a doença chegasse ao Brasil. Começou com a elite que tinha contato com o exterior e foi se espalhando.

Em meses, quase cada centímetro do mundo estava infectado com a gripe. Apenas grupos isolados se mantinham saudáveis com o mundo inteiro ruindo. A comunicação entre os chamados 'livres do mal do porco' estava ficando cada vez mais difícil, principalmente pelo fato das pessoas com gripe suína começarem a agir estranhamente.

Rolam boatos que encontraram a cura e que ela está contida no sangue de um recém nascido, que desenvolveu a imunidade. Resta dizer a todos, como líder de uma das últimas resistências livres do mal do porco, achem a criança, e a encaminhem para São Paulo! Dizem que ela está em algum lugar perto de Uberlândia. Boatos...

Precisamos de informações, senão será tarde dema... *barulho de explosões*. AH NÃO. Estamos sendo invadidos. Os com o mal do porco estão nos atacando, querem passar o vírus adiante, estão agindo como... como...

*Fim de transmissão*

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Um post Oriji

Essa é a história de Oriji Naldo da Silva. Nasceu em 1991, no nordeste. Sua mãe era fanática pela cultura japonesa, seu pai queria um nome diferente, e ambos eram brasileiros, por isso o peculiar nome. Oriji teve uma infância divertida, e, até os dezoito anos, nem fazia idéia da sina que seu nome lhe proporcionaria.

Mudou-se para São Paulo um dia após completar dezoito anos para cursar a faculdade de obstetrícia, na USP. Alugou um pequeno apartamento no centro velho da cidade, e estava quase completamente realizado. Mas... faltava alguma coisa.

O que faltava? Oriji não sabia. Sabia que não queria ser um apenas mais um na multidão. Foi por isso que escolheu um curso que quase ninguém escolhera e queria cursar a faculdade em SP, diferente de seus irmãos, que ficaram no nordeste.

Quando o filme 'X-Men Origins - Wolverine' estreiou, ele foi o primeiro da fila para assistir. Sentiu uma vontade incontrolável. Desconfiava que alguma coisa estava errada, mas achou que era besteira preocupar-se com isso.

Uma bela noite, foi ao bar com os colegas de sala, queria uma cerveja, mas não qualquer uma, queria uma Original. Bebeu como se aquilo fosse um nectar dos deuses. Em outra noite de diversão, foi jogar Wii com os amigos, mas só participava se o jogo fosse não fosse pirata.

Foi aí que percebeu que seu nome não era apenas um nome não comum, exercia algum tipo de poder sobre ele. 'Que droga! Tudo o que eu quero tem que ser original', pensou. Foi aí que qualquer coisa que ele fizesse tinha que ser original. Ninguém iria para a faculdade pelado? Haha, vamos ver. Ninguém tinha cacife de tomar café da manhã no almoço e almoçar de madrugada? Ninguém tinha potencial para estagiar em uma empresa que fabricava bonecas infláveis?

Tudo então tinha que ser original. Desde o seu sapato (e o fato de usar sapatos) até a música que ele fazia. Sua música era totalmente atonal. Dispunha somente de uma organização sonora que somente ouvidos treinados perceberiam. Ouvidos originais, certo? Ninguem tinha. NINGUEM PODERIA TER, senao não seria original, hahaha.

Foi preso quando foi encontrado se drogando ao mesmo tempo que pulava o piso da rua em intervalos de cinco passos. Pouco tempo depois, foi transferido para um hospício na Suiça. Não havia nenhum brasileiro lá, estava sendo original, certo?

Dizem que agora tudo o que ele faz é vegetar e postar num blog.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Novas Postagens

Gente, depois de tanto tempo, depois de tantas lágrimas derramadas pela falta que o blog no pêlo faz, venho aqui dizer que, orgulhosamente, NOVAS POSTAGENS estão chegando.

=)

Slash, one of the five originals posters of the blog.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

AVISO

Para ler o post abaixo, favor ler a parte um e a parte dois.

http://blognopelo.blogspot.com/2009/03/wally-parte-1.html
http://blognopelo.blogspot.com/2009/04/wally-revolution-parte-2.html

Grato,

Slash

Wally - O grande final

Atônito, Wally não acreditava que aquilo era verdade. Um grupo imenso de palhaços, provavelmente o maior número já reunido, tramando para acabar com o humor do mundo.

Não podia ficar parado. Foi para isso que tinha chegado até ali, por isso que nunca se sentiu inteiramente completo. Durante todo esse tempo sabia que estava predestinado para alguma coisa maior.

Enquanto o grupo de palhaços dispersava, contentes com o que estava para acontecer, Wally rapidamente correu para trás do palanque, atrás do homem que liderava aquele lugar. Quando o homem entrou pela porta escrito "administração", Wally entrou logo atrás.

O homem começou a tirar a roupa de palhaço e disse:
- Que bom. Esses palhaços são uns... palhaços! Ha ha. Acabar com o humor do mundo, imagina. Para eles ainda. Seria o fim. Mas não para mim, Hugo! Não cursei cinco anos de direito, fiz pós-graduação em ciências socias, mestrado e doutorado, para simplesmente ver minha sociedade perfeita ser destruída por aqueles malditos. Palhaços são o mal da sociedade. Quanto menos sentimentos melhor, o mundo só será perfeito se extremamente regrado e SEM RISADAS. TENHO DITO. - Ao dizer isso, bateu na mesa.

Wally olhou para o homem, que obviamente não fazia idéia que ele estava ali e adorava monologar. "Monologou demais", pensou. Quando o homem entrou no banheiro, Wally pegou as roupas de palhaço e saiu da sala. Precisava agir rápido, ou aquela informação iria chegar a todos os palhaços do mundo.

Fez o que sabia fazia fazer melhor. Se vestiu de palhaço, perdeu sua invisibilidade, mas se sentiu extremamente seguro. Subiu ao palco, e gritou:

- Palhaços! Ouçam-me!

Fez-se um murmúrio geral e todos viraram para o palanque. Wally então prosseguiu.

- Me sigam! Vocês têm que saber de uma coisa importante, o palhaço que se auto denomina nosso líder está MENTINDO! Não existirá palhaços sem o humor. Acreditem em mim. Por favor me sigam.

Frases do tipo "sai daí, idiota", "não destrua nosso sonho" e "coitado, não tem chance" foram ouvidas. E todos os palhaços novamente se dispersaram.

Sem outra opção, iria agir sozinho. Ia a caminho para a sala de administração quando um palhaço o parou. "Wally é seu nome, estou certo?" - Após um tempo de espera, Wally respondeu: "Sim, como você sabe?". O palhaço então disse:

- Sou amigo da Cléo. Ela me mandou aqui, parece que ela também está participando do seu pequeno serviço. Entendo vocês porque sou um palhaço diferente, faço pessoas rirem delas mesmas, e não de mim. Nunca quis fazer parte do plano de Hugo.

- Se o que diz é verdade, onde está Cleo?
- Está infiltrada, fique tranquilo. Estou aqui para ajudar, meu nome é Mário.

Sem muito a que recorrer, e toda ajuda seria de bom grado, Wally apertou a mão de Mário. Os dois foram então para a sala da administração, estava trancada. Wally disse então para Mário:

- Não olhe para mim, vou usar uma roupa que me permite ficar invisível. Por mais que queira, não vai conseguir me ver, mas isso será nosso trunfo.
- Sim, Wally, entendo.

Após ouvir o que tinha acontecido, Wally propôs um plano. Mário concordou, se virou e Wally colocou com sua roupa original. Mário bateu na porta, uma voz de dentro disse:

- Quem é?
- É o Mário.
- Que Mário?
- Do sindicato, quero falar com o senhor Hugo, temos mais contatos na Rússia, ao que parece.
- Ótimo, ótimo. Entre.

Destrancou-se a porta, Mário e Wally entraram. Hugo sem a roupa de palhaço parecia a pessoa mais chata do mundo. Hugo disse:

- Aqueles malditos terceirizados da limpeza, levaram minha roupa de novo para lavar sem me avisar. Tranquei a porta. Um pouco de privacidade, por favor.

Mário sentiu algo sendo colocado em seu bolso, um gravador. Seguindo com o plano. Disse:

- Senhor, ouvi o senhor gritar agora há pouco, está tudo bem?
- Ham ham... ouviu?! O que exatametente você ouviu?
- Nada, só uma voz alta.
- Não foi nada. Me diga, nossos contatos na Rússia estão bem?
- Sim senhor, bem, falei com o General Hitcher hoje e tudo está acertado.
- Ótimo, pode ir, Mário.
- Senhor... ham.
- Diga.
- Não vou mentir, eu ouvi muito bem o senhor dizer o quer conosco!
- E o que seria Mário? - Hugo lentamente caminhava sua mão para o bolso do paletó.
- O senhor vai nos usar! Não há espaço para palhaços num mundo sem risada!
- Ha ha ha. Muito bem, Mário. - Nisso Mário discretamente ligou o gravador - Não há espaço porque eu não QUERO espaço para vocês. EU QUERO UMA SOCIEDADE REGRADA, CERTA, SEM A MERDA DOS SENTIMENTOS INTERFERINDO NA NOSSA VIDA.
- Senhor...
- CALE A BOCA! - Hugo sacou a arma. Nisso, Wally rapidamente o imobilizou por trás. - Mas o que...

Wally deu uma coronhada tão forte na nuca de Hugo que ele desmaiou na hora. Mário então saiu correndo para o palanque e gritou:

- Ouçam palhaços de todo o mundo! - "Outro louco", ouviram-se murmúrios. Mário continuou: - HUGO É NA VERDADE É UMA FRAUDE! OUÇAM! - Tocou o gravador.

Cada vez mais palhaços pararam para ouvir o que estava acontecendo. E cada vez mais uma súbita luz de entendimento clareava os rostos. Wally se vestiu novamente com a roupa de palhaço e foi ao palanque junto com Mário. Do lado do novo amigo, palhaços e mais palhaços afirmavam que quase cometeram o maior erro de todos.

Em meio a muvuca, Wally viu Cléo acenando para ele, saiu correndo. Os dois se abraçaram por cerca de 10 minutos. Wally disse:

- Quando Mário disse que você estava aqui, fiquei com medo. Você podia se machucar.
- Estava sempre aqui para te ajudar, meu amor.
- Ah, Cleo.
- Eu que juntei os palhaços novamente para te ouvirem. E depois para ouvirem o Mário. Ainda bem que tudo deu certo.
- Ainda bem.

Subitamente, Wally foi tomado por um sentimento estranho. Queria muito sair dali, e sabia exatamente o que era. "A roupa, está me chamando". Cléo disse:

- Wally?
- Cléo, eu não quero ir... Preciso. Walter deve estar usando a roupa como atrativo novamente.
- Aquele maldito, disse que te soltaria depois da missão.
- Cléo, to com medo, não me deixe ir. - Mas Wally aos poucos já ia involuntariamente se distanciando.
- Wally!!! - Nem o abraço funcionou para que a atração pela roupa passasse. Cada vez mais distante, gritando na multidão que comemorava, Wally lutava internamente para ficar com seu amor. Mas já era tarde demais. Fora feito para aquilo, e precisava fazer o que precisava fazer.

- CLEO!

Wally sabia que teria que passar o resto da vida se escondendo. Dizem que até fizeram um livro sobre isso.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Você conhece o Mário?

Mário era um ótimo rapaz. Morava com sua tia avó Gertrudes e trabalhava nas minas de carvão. Solteiro, aos 40 anos sua vida estava para mudar. Desde moleque ele sofreu com seu nome. "Você conhece o Mário?", diziam seus amiguinhos de escola para as meninas novatas. "Não, quem é?" "É aquele que te comeu atrás do armário da sala dos professores! hahahah". E assim nenhuma menina gostava de Mário, pois achava que ele espalhava mentiras por aí. Apanhou, inclusive, inúmeras vezes de namorados ciumentos por culpa dessas piadinhas infames.

Mas isso não era nada. Tudo piorou quando tinha uns 15 anos. Um novo jogo de videogame fez sucesso entre as crianças e agora Mário era famoso por causa de um mecânico anão bigodudo que nadava em esgotos e batia em tartarugas. Seus amigos riam dele. "Olha o Bowser!", gritavam seus amigos em plena sala de aula, atirando tartarugas nele (normalmente eles colavam pregos nos cascos das tartarugas). Isso quando não resolviam passar o dia pulando em sua cabeça, ou roçando o dedo em sua bunda e depois passando uma misteriosa mancha marrom em seus lábios. "É o bigode!", diziam. Mário teve uma vida infeliz.

"Odeio o Mário! Odeio o Mário!", ele gritava. Mas de nada adiantava. Passavam-se os anos e cada vez mais o Mário fazia sucesso nos videogames. E com o tempo, mais criativos ficavam seus amigos. Gostavam de obrigá-lo a beijar Fedora, uma menina pelancuda e desdentada, a qual eles apelidaram de "Peach". Também jogavam flores em chamas em sua cabeça, mandando ele pegar a flor e amassá-la feito uma bolinha para jogar nos professores.

Pior ainda eram os garotos mais velhos. Eles batiam em Mário se ele não fosse para a escola com um macacão azul e uma blusa vermelha (o uniforme era verde limão e Mário sempre levava advertência para casa). Seu cabelo, que era loiro, obrigatóriamente tinha que ser pintado de preto. E se não ficasse parecido com o Mário do jogo, batiam nele. Teve até que engorgar 30 quilos, limar os ossos das pernas pra ficar mais baixo e tomar hormônios para criar bigode mais cedo. Cada dia a coisa piorava!

"Quero morrer!", gritava Mário em sua casa. "Mas é só reiniciar o videogame que você volta, filho", ria sua tia avó. Até ela, que estava com 88 anos e não sabia o que era videogame!

Isso era demais. Mário cresceu, foi pra faculdade e lá não teve sossego. Na sua aula de engenharia, todos riam dele, mandavam andar com ferramentas de encanador por aí e até obrigaram ele a fazer sexo com um moleque estrangeiro que eles chamavam de "Luigi", dizendo que era o parceiro do Mário.

A brincadeira não parava de crescer. Mário teve de se acostumar a mergulhar em privadas nos intervalos das aulas, gritar "yahooo" e coisas do tipo. Quando o jogo ficou 3D, a coisa piorou. Obrigaram Mário a andar de kart pela faculdade e atiravam objetos nele, na intenção de matá-lo. Um homem negro, bombado e de dois metros e meio de altura, apelidado de "Bowser" abusava de Mário psicologicamente todos os dias (e, posteriormente, fisica e sexualmente). Todos riam.

Mário já não aguentava mais! Era muito para sua cabeça! Mataram sua tia avó para que ele ficasse mais parecido com o homem do jogo, que não tinha parentes! A coisa não poderia continuar assim!

Foi então que Mário virou do avesso suas roupas. O Vermelho ficou amarelo e o azul se tornou roxo. Seu bigode, agora sem pentear, parecia de um homem insano. Seu sorriso era maléfico e seu nariz, avermelhado e inchado de tantos socos que tomava, agora parecia uma enorme batata roxa. Mário precisava se vingar do homem dos jogos, mas como? Pegou sua boina e virou o "M" ao contrário, formando um enorme "W". "Sim, 'W', de Wário!", pensou. Ligou o videogame na tomada e jogou na banheira em que se encontrava, na esperança de se teleportar para dentro do jogo e realizar sua vingança.

Mário foi encontrado morto em sua casa duas semanas depois. Um de seus colegas, o que mais o zoava, o encontrou vestido daquele jeito e teve a grande idéia de lançar o personagem Wário para a Nintendo. Ficou milionário.

E se você não entendeu porque no começo do texto Mário tinha 40 anos e já trabalhava se ele morreu antes de terminar a faculdade, não se preocupe. Um novo post será feito para explicar isso. Ou não.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Uma história contada ao contrário.

- não conseguia mais respirar, morreu.

- foi levado ao hospital, os paramédicos pediam que ficasse calmo, ele ficaria bem.

- uma mulher bondosa segurou a sua mão e ligou para um número de telefone.

- não havia outra opção, melhor se jogar no telhado daquela casa, do que cair no chão.

- a droga do paraquedas não quer abrir.

- "hum, eu deveria ter prestado mais atenção naquele último treino".

- a porta se abre e o vento é impressionante.

- "última chance de desistir. vai ou não?".

- a instrutora é tão gostosa, deveria ter pedido o salto em dupla.

- o aeroporto sempre fica cheio em dias assim.

- vou gastar uma fortuna de táxi de casa até lá. mas vai valer a pena.

- aqui está o vale um salto de paraquedas que minha namorada me deu. apesar de termos brigado tanto nos últimos tempos, e ela já ter dito muitas vezes que não quer me ver nem pintado, ela me surpreendeu.

- água de banho gelada. melhor assim, acordo mais rápido.

- não é fácil ser um milhonário nesta cidade. até meu despertador é de ouro.

- acorda no dia do seu aniversário. saltaria de paraquedas primeiro, presente da namorada e depois sairia com ela à noite. ela disse que teria uma surpresa inimaginável naquele dia.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Confissões de uma boneca inflável

Joaquina era uma boneca inflável. Nasceu uma boneca inflável. Mas não era feliz. Desde que nasceu Joaquina tinha o sonho de ser bailarina. O problema óbvio de Joaquina era a flacidez em suas pernas infladas. Não conseguia ficar sobre uma perna só para dar aqueles giros bonitos, e tinha um grave problema de asma, sempre ficava sem ar nas apresentações.

Joaquina era meio traumatizada pela vida que suas duas mães levavam. As duas se vendiam por dinheiro para serem usadas para o prazer dos seres humanos. Ela achava aquela vida tão abaixo do glamour que sonhava na vida como bailarina. Uma vez resolveu confrontar uma das mães quando ela sugeriu que Joaquina investisse na mesma profissão. Joaquina inflou-se de raiva somente de pensar na possibilidade. Fugiu de casa.

Fora de casa, Joaquina começou a pensar no que poderia fazer da vida. Já que não conseguiria ser bailarina, decidiu tentar se tornar algo compatível com a sua forma. Tentou inflar-se com gás hélio, se ammarar em uma corda e virar um balão, para nimar a criançada. Mas em 5 tentativas, os pais que a compravam para as crianças, acabavam tentando usá-la para outros fins mais escusos. Sentindo-se com a vida completamente derrotada, Joaquina procurou novas opções para viver:

Tentou servir de bóia em uma piscina pública. Por um tempo deu certo e Joaquina ficou feliz por poder ajudar as pessoas a não se afogarem. Mas após algum tempo teve que desistir do trabalho, uma vez que vários banhistas nus tentavam se aproveitar dela.;

Tentou funcionar como o boneco João Bobo. Colocou pesos nos pés e ficou em uma academia de ginástica. Por um tempo deu certo e Joaquina conseguia ignorar a dor, desde que estivesse ajudando as pessoas a se fortalecerem. Mas após algum tempo, mais e mais lutadores de boxe, suados, ficavam com muita testosterona acumulada de tanto bater na boneca, que resolviam tentar agradá-la com carinhos.;

Tentou servir de almofada. Por um tempo deu certo e Joaquina ficou feliz por poder ajudar as pessoas a se acomodarem. Mas após algum tempo as pessoas ficavam muito acomodadas perto dela e tentavam deitar com ela de outra maneira. Joaquina ficou devastada. Enquanto tivesse aquela forma, aquele fardo a ser carregado, não conseguiria ser nada na vida, nem bailarina, nem balão, nem bóia, nem joão bobo e nem almofada. Num surto de ódio, decidiu cortar os pulsos.

A príncipio pensou que estava morta. Depois percebeu que encontrara sem querer sua vocação para a vida. Ao tentar encher-se com ar, Joaquina tornou-se a primeira bonca de posto do mundo.

domingo, 5 de abril de 2009

Wally Revolution - Parte 2

Wally acordou no outro dia como sempre fazia. A roupa que usava sempre, amassada, estava suja. Ele tomou banho com a camiseta e o gorro, lavando os dois sem tirar do corpo. Passou a roupa com o ferro, também sem tirar do corpo. A pior parte era a gola.

Enquanto se preparava para sair, se lembrou. Tinha falado com aquele homem estranho no dia anterior, mas não se recordava de muita coisa. Foi quando percebeu um papel em seu bolso, tirou-o e leu:

Wally,

Por motivos de segurança, passarei a informação por esse bilhete.

Desde quando o vi pela primeira vez, soube que era perfeito para o trabalho. Precisavamos de alguém que tivesse uma vocação para ser palhaço para se infiltrar no sindicato dos palhaços. Eles estão tramando algo que pode acabar para sempre com a alegria do mundo! Por isso desenvolvemos (não convém citar onde trabalho, por enquanto) essa roupa para você, e SÓ VOCÊ pode usar. Ela tem um atrativo para o seu DNA. É com ela que você descobrirá informações vitais e impedirá que os palhaços como conhecemos venham a se extinguir.

Walter


De repente tudo fez sentido para ele. Desde que nasceu sabia que era diferente. Sabia que faria algo maior, conhecendo o mundo dos palhaços. No verso do bilhete tinham as intruções inicias, com o endereço do sindicato. Não pensou duas vezes.

Ao sair de casa, Wally começou a se sentir um pouco estranho. Ao passar pelo padeiro, acenou com a mão e não obteve resposta. Entrou na rua principal, andava rápido, e teve que desviar de umas três pessoas, porque elas não o viram. Foi então que entendeu: a roupa!

Lembrou que tinha um encontrou com Cléo, e rapidamente ligou para ela:

- Cléo, você não vai acreditar, estou invisível!
- Tá bom, tá bom Wawa, mas eu tava dormindo.
- Me ouça. Eu tenho que ir fazer um trabalho hoje e não vou poder te encontrar daqui a pouco. Te ligo quando sair pra gente se ver.
- Sem problemas Wally. Te amo.
- Te amo também Cléo.

Adorava isso em Cléo.

Pegou o ônibus com destino ao sindicato. Nem teve que pagar a tarifa, pois NINGUÉM o notava.

Chegou no local marcado pelo bilhete. O lugar era enorme, em formato de círculo. O portão devia ter o dobro de sua altura e era de ferro, pintado de verde. Do lado do portão havia uma portaria, com um cara com nariz vermelho e redondo olhando para... ele? Uma voz rouca sai do interfone do lado de Wally:

- Em que posso ajuda-lo?

No momento em que se preparava para responder, uma voz surge bem atrás e diz:

- Estou aqui para a reunião, como combinado.
- Ok - respondeu a voz rouca.

Então o portão se abriu. Wally se esgueirou para dentro, obviamente não visto por ninguém. Caminhou uns 10 minutos até o prédio principal, e entrou pela porta entreaberta.

Wally nunca tinha visto tantos palhaços juntos, a sala oval era enorme e palhaços de todas as partes do mundo haviam se reunido lá. Parecia que a reunião iria começar. Um homem, alto, forte e com roupas de palhaço começou a falar:

- Senhores palhaços de todo o mundo aqui reunidos, estamos aqui por um motivo muito especial. Como todos sabem, ninguém gosta de ser palhaço! Nós fazemos isso simplesmente porque nascemos bobos e precisamos de dinheiro! - Deu uma pausa, e enfatizou - Iremos fazer o maior ataque de risadas do mundo. Será feito por todos os nossos companheiros, no dia 20 de abril, às 20h. Os palhaços devem dar o melhor de si para o maior número de pessoas.

Nisso, uma voz no meio da multidão grita:

- A profecia será feita!

O homem no palanque continuou:

- Exatamente, a profecia. "Quando grande parte do mundo rir ao mesmo tempo, as pessoas perderão o senso de humor, pois o ambiente irá ficar saturado de risadas. Quando isso acontecer, tudo virará poder e dinheiro, e então a destruição dos palhaços e de qualquer tipo de humor descerá sobre a terra". Aí poderemos finalmente VIVER NOSSA VIDA SEM HUMILHAÇÃO!

Wally ficou abismado, será mesmo que isso era possível. A casta que tanto amou, que tanto quis ser, que tanto desejou, iria traí-lo. Todas as pessoas iriam perder o senso de humor?

...


Continua.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Meristélter, o econômico

Êcônômîâ (nunca lembro onde é o acento) é sempre importante para as nossas vidas. Mas Meristélter era exagerado, preferia até assinar seu nome só como Mé, assim economizava na tinta de sua caneta, que ganhara aos 11 anos.

"Ah, lá vai o velho Meristélter", diziam as pessoas quando o viam. Já tinha 40 anos, mas parecia bem mais velho devido às suas economias. Lavava a cabeça e o corpo com a mesma pedra de sabão de coco que usava em suas roupas (vocês acham que ele gastaria energia com máquina de lavar?) e normalmente usava a água da chuva para se limpar. Escovar os dentes, nem pensar. A melhor coisa era usar aqueles palitos de dente que alguns restaurantes te dão dentro de saquinho. meristélter adorava palitos de dente.
Meristélter economizava até para limpar a bunda. Claro que ele usava papel. Mas era aquele do mais barato, que parece um ralador de queijo. E uma folha só por dia, assim podia render por 2 anos!

"Meristélter, como você consegue? Pra quê tudo isso?", disse seu amigo uma vez.
"Quero economizar ao máximo para realizar o meu sonho de infância, que é fazer uma viagem pelo mundo. Economizo em tudo. Nunca nem comprei uma casa pra isso. Durmo até hoje na casinha da árvore que construí com meus pais. A casa que era deles eu alugo pra ganhar uma graninha", disse o homem.

"Cara, você não está aproveitando em nada a sua vida. Precisa sair mais, ver mulher, parar de trabalhar tanto..."

"Que nada, eu já sou feliz assim! Trabalho só doze horas por dia e durmo apenas duas horas. Me restam doze horas pra aproveitar e olhe só: trabalho só de noite. E quando a mulher, você não está nem um pouco por dentro. Eu pago sim pelas minhas, mas sai bem barato. Quando quero uma só, pego alguma com uma doença bem cabeluda, assim ela me cobra barato. Se eu quero duas numa noite só, pego dois travecos, que fazem pelo preço de uma mulher. Preconceito não está com nada. Rá!" Meristélter apontou o dedo na cara de seu amigo como se fosse o homem mais inteligente do mundo.

Mas Meristélter nunca fez sua viagem. De tanto economizar, morreu por falta de comida, água e higiene. O dinheiro todo foi para seu irmão Tiburcio, que torrou tudo em um cassino no Paraguai.

E Meristélter foi para o inferno. Lá, ele economiza ao máximo tudo o que ele deve a Satã, assim pode aproveitar melhor sua estadia sem sofrer tanto.

Ah, o bom e velho Meristélter!

(Primeiro post direto da faculdade!)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Não é uma versão do Sim Senhor. Não vi esse filme...

Lalau tinha saído para almoçar com seu amigo de trabalho. No caminho, passaram pela frente de uma casa lotérica e Lalau decidiu fazer uma fézinha. Quando estava indo marcar os números, seu amigo disse "aposte nos números 2, 14, 25, 44, 49, 50; estou com um pressentimento, a gente divide se ganhar". Lalau nem deu bola, apostou em números avulsos. O amigo decidiu apostar sozinho nos números que tinha falado.

Batata. O amigo ganhou na sena. Sozinho. R$ 20 MILHÕES. Largou o emprego, casou por interesse com a mulher mais gostosa e viveu feliz para sempre.

Lalau ficou abalado com isso. Decidiu que ia aceitar todas as dicas que ouvisse a partir de agora. E a primeira oportunidade disso acontecer aconteceu logo de manhã, quando ia sair para o trabalho. Quando foi se despedir da mãe ao sair de casa (Lalau tem somento 40 anos, normal morar com a mãe) ela disse "filho, vai chover e esfriar. melhor se prevenir". Poxa, é verdade. Lalau saiu de casa então, carregando 5 kilos a mais do que estava acostumado, só para aceitar a dica (não choveu e a temperatura média do dia ficou em 30,5 ºC).

No ponto de ônibus, sua condução costumeira chegou. Então o rapaz que estava ao lado dele falou "você sempre pega esse mesmo ônibus. Mas o caminho mais fácil para você chegar onde quer, é pegar outros dois ônibus, que fazem um caminho menor. Você chegará em metade do tempo". Poxa, é verdade. Lalau pegou entãoas outras condições apontadas pelo rapaz (pegou um trânsito infernal no caminho dos dois ônibus, foi em pé o caminho todo e um bebê vomitou em seu sapato e chorou o caminho todo).

Chegando no trabalho, tomou uma bronca por estar atrasado. O colega que sentava no computador ao lado do seu cochichou "porque você deixa esse cara te tratar assim? se eu fosse ia lá e falava umas poucas e boas pra ele." Poxa, é verdade. Lalau foi, falou tudo que lhe incomodava sobre a atitude do chefe, bateu a mão na mesa dele, fez um verdadeiro estardalhaço (Lalau foi suspenso por tempo indeterminado, não receberá salários e ouviu dizer que já estavam fazendo entrevistas para a sua vaga).

Já se sentindo derrotado, Lalau foi almoçar. Pediu o prato tradicional no restaurante. A atendente olhou pra ele e disse "você me parece meio triste. devia comer um almoço diferente, quem sabe isso não te anima? pega um lanche para variar". Poxa, é verdade. Lalau pediu um hamburguer com 3 carnes, muito queijo, catchup, mostarda, maionese e muito mais (Lalau passou o resto do dia no banheiro).

Lalau finalmente ficou puto. Nunca mais vou ouvir as dicas que me falarem! nunca!! Uma senhora olhou para ele, ali, gritando na calçada e disse "senhor, é melhor você não ficar aí...". Não. Eu vou ficar onde eu quiser!! Não ouço mais as dicas dos outros!! (Lalau foi atropelado por um caminhão que tentava entrar no estacionamento do prédio, onde ele estava parado na frente gritando. Lalau morreu).

Ursão, o Comunista

Acredito que todas as seis pessoas que acompanham regularmente este blog repararam um fato em comum em todos os posts: o mesmo personagem.

Por uma série de acasos que só Axl Rose poderia decifrar, seu guitarrista Slash é recorrente tema de textos. Quando não diretamente, os nobres autores desta página incluem fatos inusitados que só Slash é capaz de proporcionar.

Mas hoje, não. Hoje não vou usar esse espaço para achincalhar com meu caro colega Slash, mas sim, falar algumas verdades de outro inventor do blog: Bruno, mais conhecido como Ursão (ou con gấu, em vietnamita).

O Ursão é...








Ah, não.

Falar do Slash é muito mais engraçado e rende os seis pontos no Ibope que possuímos. Habemus Textus Comicus sobre Slash. Até porque, imperialista como ele é, quer faturar com anúncios no blog e a melhor maneira de se alcançar essa meta é relatar tudo que acontece na vida de Slash, desde suas apostas mal sucedidas (e logo veremos mais posts sobre isso) a seus vícios.




Nós te amamos! Mas nem por isso não escreveremos sobre você!

terça-feira, 31 de março de 2009

Wally - Parte 1

Wally era uma criança normal. Como todas as outras, tinha um sonho. Mas o seu era peculiar. Queria ser palhaço.

Se divertia com as brincadeiras na escola em que podia fazer palhaçadas com um nariz vermelho no rosto. A reação de seus amiguinhos fazia toda a brincadeira atingir níveis de prazer quase indiscritíveis para o pequeno Wally.

Desde essa tenra idade, tinha uma paixão: Cléosmara. Carinhosamente Wally a chamava de Mámara. Eles andavam juntos quase sempre e se gostavam muito. O motivo? Ela era fã de palhaços.

Certa vez, no aniversário de 12 anos, Wally fez uma festa maravilhosa. Para variar, ele mesmo era o animador dela. Mas foi a hora de abrir os presentes que o deixou desconcertado. Dentre todos os outros pacotes normais, havia um que chamou mais sua atenção. Era pequeno, vermelho, e não tinha nome nenhum. Ele, devagar, viu sua mão deslizar sobre o laço do pacote. Dentro havia um gorro, um gorro branco com uma grossa listra vermelha. Havia um pom pom vermelho também.

Wally ficou maravilhado com aquele presente que começou a usa-lo todos os dias. Durantes anos isso se repetiu. Seus amigos perguntavam: "Wally, não quer tirar isso? Seu cabelo deve estar um nojo." Ele negava repetidas vezes. Wally até esqueceu um pouco sua tara em ser palhaço por um tempo. Até Cléo dizia para que se livrasse daquilo por um tempo, mas acabava cedendo diante da insistência do amigo.

Foi um ano depois que Wally se declarou para Cléo e eles começaram a namorar.

No aniversário de 15 anos, algo muito mais estranho aconteceu. De novo, na hora dos presentes, um em especial chamou sua atenção. Era exatamente igual ao do gorro, três anos atrás. Só que desta vez era uma camiseta. Era branca, com listras vermelhas. Wally se sentiu maravilhado. Porém uma coisa lhe causava dúvida. Quem mandava esses tão maravilhosos presentes que o encantavam de uma maneira tão peculiar? Foi perguntar para a mãe, ela não sabia. Nem o pai, nem o tio, nem nenhuma pessoa da festa. Quem havia lhe enviado aquilo?

O tempo foi passando, e Wally ficava com o gorro e a camiseta durante quase todo dia. Tirava para tomar banho e olhe lá.

Quando fez dezoito anos, quase entrando em paranóia por conta das roupas tão misteriosas e tão agradáveis, alguém ligou em sua casa. "Por favor, queria falar com Wally", a voz disse. Wally mais que prontamente disse: "Sou eu". "Gostaria de saber um pouco mais sobre essa camiseta e esse gorro? Me encontre amanhã às 20h no parque Layford", e desligou o telefone.

Wally, atônito, mal pode se mexer por 30 segundos.

Chegou ao parque muito cedo. E lá ficou até que um homem veio em sua direção.

"Olá Wally, estava ansioso para me encontrar? Não fale nada, apenas escute. Meu nome não vou revelar mas tenho uma coisa importante para te contar. Te dei essas roupas porque elas ajudam qualquer pessoas a se esconder EXTREMAMENTE bem. Entendeu? Venho acompanhando sua vida há um tempo, e vi que você tem tudo para o trabalho que precisa ser feito..."

O que o homem misterioso queria com Wally?
Por que Wally gosta tanto de usar essas roupas?
O que acontecerá com Cléo e Wally?
E porque o narrador desta história faz tantas perguntas?

Não percam a parte 2 de "Wally".

segunda-feira, 30 de março de 2009

Denúncia do Tele-Sexo

O Tele-Sexo é um serviço muito antigo, desde que Graham Bell inventou o telefone. Naquela época, já era possível ver aqueles homens vestidos de fraque em seus telefones ligando para mulheres em busca de um sexo oral, literalmente oral. O que se tem registro também é que esses usuários nunca mais param de utilizar o serviço do qual se viciaram. Falar em sacanagem ativa uma endorfina no cérebro que faz com que homens se sintam altamente satisfeitos apenas comentando sobre sexo com mulheres, imaginando posições e ouvindo gemidos falsos ao telefone. Impressionante, porém, é ver um amigo nosso nessas condições.

Um dos integrantes do Blog no Pelo vem sofrendo desse vício e nós precisamos ajudá-lo. Ou não. Nessas fotos intrigantes vemos o nobre colega, em pleno horário de estudos, ligando para seu Tele-Sexo favorito: O DDI do Macaco de Quatro. Esse nosso amigo tem gostos meio excêntricos, como apreciar zoofilia (desde que com macacos e jegues), e homossexualismo entre anões albinos bezuntados em óleo de girassol.

Nessa primeira imagem que chegou às nossas mãos, podemos perceber que ele se mostra preocupado porque a mulher do outro lado da linha não conhecia a posição do taekwondo giratório anal.


Flagrado com a boca na botija, ou melhor, com a orelha na botija

Nessa outra, percebendo a presença do fotógrafo anônimo, tenta disfarçar dando um sorriso maroto e falando: “Estou apenas cancelando o quiz que a operadora vem mandando para meu celular”. Essa é a desculpa padrão aos cegos que preferem não ver.


Pela primeira vez podemos ver nosso amigo sem sua tradicional camisa amarela do jogo da velha

Por fim, recebemos um vídeo do nosso amigo andando de um lado para o outro, desnorteado ao ouvir que a mulher precisara sair para almoçar e que não aguentava mais ficar ao telefone durante cinco horas seguidas. É assustador.




Vamos unir nossas forças para ajudar nosso querido amigo. Não queremos vê-lo chafurdando na lama à procura de alguns centavos para manter seu vício.

sexta-feira, 27 de março de 2009

What men?

Há alguns anos atrás, homens e mulheres de todas as idades começaram a se revoltar com os problemas que o capitalismo trazia para suas vidas, então colocaram máscaras em seus rostos para sair por aí assaltando e fazendo merda.

Ninguém estava a salvo. Até a polícia tinha medo do que estava acontecendo. Foi nessa época que um outro grupo de pessoas começou a se fantasiar e usar máscara para impedir esses assaltos e fazeções de merda, criando assim diversos - e quase infinitos - tipos de super-heróis para salvar o mundo.

Todo mundo queria ser um super-herói. Todo mundo que não tinha o que fazer, é claro. Mesmo com a alta taxa de mortalidade e o número absurdo de processos, as pessoas se fantasiavam e saiam por aí corrigindo a merda de vilões mascarados.

Mas essa história não se resume a nesses heróis e sim a um grupo específico de heróis. Heróis que eram amigos e por isso resolveram formar seu próprio grupo e tentar acabar de vez com qualquer merda feita na história da humanidade. Os últimos heróis que passaram pela Terra.

O primeiro deles era um homem falso-alto, com barba malfeita e tendências homossexuais. Ele queria um mundo melhor, por isso um dia colocou uma calça preta, meia preta, tênis preto, camisa preta, gravata preta, luvas pretas e uma máscara da tiazinha e disse numa noite chuvosa: "Meus amigos sempre me zoavam, mas a partir de agora serei o terror das noites e acabarei com todo o mal que existe nesse mundo! Todos me conhecerão pelo meu apelido, assim ninguém saberá minha identidade secreta. O mundo conhece agora: O invencível Slash!" E assim Slash começou sua carreira contra a bandidagem.

Sua primeira luta foi inesquecível. Estavam em um bar, perguntando se alguém vira um gato preto de uma menina que o havia perdido. Um famoso bêbado local, o Bebum Willy, cambaleou na direção do Slash e disse "E se eu vi?" e o ameaçou com uma garrafa quebrada de pinga. Slash não teve dó, tirou a garrafa de suas mãos, olhou nos olhos dele e disse "Isso faz mal à sua saúde!" E foi embora. O Bebum Willy nunca mais foi o mesmo.

Percebendo que seu amigo estava se dando bem na carreira e que era possível ser melhor que ele, outro homem resolveu entrar nesse mundo. Ele pegou uma fantasia de urso panda em uma loja de aluguéis de fantasia - nunca pagou pelo aluguel eterno - e, na noite mais quente do ano, sufocado dentro daquele troço quente, ele gritou para um homem armada num beco: "Você será a primeira vítima do Ursão!" e o homem respondeu "Só se a roupa for à prova de balas". Ursão ficou em coma no hospital por 3 meses, mas se recuperou e depois voltou à ativa, dessa vez com uma roupa blindada.

É claro que vendo tudo isso, outros três amigos deles resolveram entrar no clima. O primeiro queria só criticar aquela babaquisse toda, então vestiu uma camisa escrita "Tem um corno me olhando", uma bermuda folgada e colocou metade de uma bola de futebol na cabeça. Ele era agora oficialmente o Pelé, entende?

Mas ainda faltavam dois amigos. Um deles, viciado em videogame, resolveu que faria uma roupa igual à do Snake do Metal Gear Solid, mas falhou miseravelmente e resolveu usar um saco de batatas como roupa e um saco de pão como máscara. E ele escreveu em letras garrafais com giz de cera em sua testa "MOCOCA". Por fim, o outro amigo falou "Não vou fazer esse tipo de merda" e resolveu que seria o homem-que-fica-monitorando-tudo-por-computador-e-por-isso-não-tem-codinome. Então todos chamavam ele de Fernando mesmo.

Esses cinco amigos se reuniram um dia para decidir como seria seu grupo, onde seria a base e quais seus objetivos. Decidiram que a base seria uma sala desativada da faculdade deles, o grupo se chamaria "Homens-Meia-Hora" e seu objetivo? Salvar o mundo. O grupo parecia ser um sucesso, mas a tragetória deles não foi muito longa.

Slash teve um fim trágico. Cada dia que passava, faltava mais e mais às reuniões do grupo. Seu homossexualismo quase assumido deixava claro o motivo de tantas faltas. Mas todos foram surpreendidos quando ele chegou um dia e disse "Desculpem, pessoas, mas minha namorada tava querendo formar o grupo dela e eu não consegui dizer não". O quê? O Slash namorava? E agora sairia da equipe? Isso era inadimissível! Mas tudo bem, todos deixaram passar. Infelizmente, dois meses depois Slash descobriu que seria pai por culpa de meia dúzia de camisinhas furadas.

Ursão desapareceu logo após esse incidente. Um dia, durante uma das reuniões, ele foi ao banheiro e, ao verem que ele estava demorando demais para voltar, foram conferir qual era o problema e descobriram apenas uma fantasia de panda largada no chão e um rastro de sangue que levava à privada, com um bilhete escrito "Háháhá! Eu o matei e joguei pela privada!". Ninguém acreditou, mas ninguém o viu também nunca mais.

O Pelé foi mais esperto. Viu que aquilo tudo era demais para ele e um dia aceitou a proposta para trabalhar como comentarista esportivo, com tanto que usasse aquela bola de futebol na cabeça, a marca registrada dele.

E o Mococa, num dia de muita chuva, perdeu o saco de pão da cabeça e enxarcou demais o saco de batatas e teve de se aposentar. Com isso, o Fernando falou "Até que enfim eles acabaram com tudo isso" e foi pra casa sem nenhum remorso.

*10 anos depois*


Um homem havia tornado o mercado do petróleo um grande monopólio e agora todas as decisões do mundo dependiam dele. Ele contemplou o horizonte pela janela de vidro do alto de sua grande empresa e disse "Eu consegui!".

Foi então que ouviu uma voz ao fundo dizendo: "Ursão, sabia que era você!". Era o antigo Slash. "Sim, sou eu!", disse o ex-urso panda, "Fui eu quem furou as suas camisinhas para impedir que continuasse na ativa! Fui eu quem jogou ketchup no chão do banheiro e escreveu o bilhete! Fui eu quem subornou o dono da emissora de TV para contratarem o Pelé e fui eu quem fez chover para acabar com a fantasia do Mococa! E o mais importante: Fui eu quem fez o Fernando desistir quando tudo parecia perdido. "Não, isso não foi você." "Não, mas quase que foi. Muahahahahaha".

Slash não acreditava. Por quê tudo aquilo? "Não é óbvio? Eu precisava fazer isso pelo bem maior. Sem super-heróis, eu poderia vender seus bonecos articulados de marca registrada para as crianças poderem comprar e relembrar do passado, com lágrimas em seus olhos. E com esse dinheiro, pude comprar uma país árabe e assim começar a ter petróleo e mais petróleo e esperar as outras fontes acabarem e só eu ter petróleo e dinheiro! Muahahehahahahuhuhehehuhehehuha". Seus olhos estavam vermelhos e sua risada era apavorante. Mas Slash tomou coragem. Era o único que sabia de todo o plano e contaria pro mundo. Sim, ele contaria. "Sim, eu vou contar!".
Então ele olhou para trás e percebeu que receberia um enorme fio-terra.

Nunca mais foi o mesmo. Tornara-se agora um vegetal, incapaz de se comunicar com outras pessoas.

E lá do alto do edifício, um homem agora dizia "Meu império está próximo do começo". Seus braços se cruzaram em suas costas e ele abriu um enorme sorriso.

quinta-feira, 26 de março de 2009

S S.

Adonirei vivia uma boa vida. Ele tinha uma mulher que o amava, um filho muito inteligente que ia super bem no colégio, uma casa bacana, um bom emprego. Ele era técnico de antenas. Um dia ele recebeu um chamado especial para arrumar uma antena no alto de um prédio de 29 andares. Ele foi. Obviamente, para ser um técnico de antenas você não poderia ter medo de altura. Ele já tinha ido a muitos lugares altos, talvez não daquele jeito, mas ainda assim, altos.

Mas como a história não teria a menor graça se algo não acontecesse, uma ventania bateu forte e Adonirei, que não tinha levado equipamento de segurança, foi varrido do telhado do prédio. Ele caiu os 29 andares. Mas ao chegar no chão, ele esperou pela dor, que nunca chegou. Ele se levantou, agredeceu a todos os santos por estar vivo, e foi correndo para casa.

A primeira coisa que ele achou estranho, ao chegar em casa, era o fato de já estar à noite, sendo que ele estava trabalhando no telhado às 6h da manhã. A segunda coisa que ele não entendeu era pq estava cheio de gente lá vestida de preto e conversando com a mulher e o filho dele. Ele achou melhor se manter longe. O último a ir embora foi o melhor amigo de Adonirei. Foi com muita surpresa que ele ouviu Aldo dizer essas palavras no ouvido de sua mulher: pelo menos agora vamos poder ficar junto. "Filho da puta!", pensou Adonirei. Ele resolveu ir dormir no sofá, pq não queria mais encontrar com a mulher.

No dia seguinte resolveu seguir o filho, pq estava com saudades dele. Quando o garoto chegou à escola, foi logo fumar um baseado na esquina. Boquiaberto. E ainda mais, o garoto recebu uma bronca de um professor por conversar em aula, e respondeu com uma ameaça a vida dele. O professor foi para casa chorando. Adonirei ficou mais atordoado e foi ao trabalho, para explicar pro chefe porque não trabalhou o dia inteiro e porque não tinha aparecido pela manhã.

Ao chegar no local, entoru na sala do chefe, que não o viu, e ouviu ele dizer ao telefone que o plano do telhado, no dia em que a previsão do tempo indicava o vendaval mais forte do ano, tinha funcionado. Funcionado?. "Merda, eu morri!".

Pensou por um tempo, e resolveu fazer um pacto com o Diabo pra levar todo mundo que tinha feito merda na sua vida junto com ele.

Moral da história: quando você cair de um prédio de 29 andares, saiba que você morreu.


ps: o S S do título siginfica Sexto Sentido, mas se eu deixasse isso lá, todo mundo ia saber de cara que significa que tem um morto na história.

sábado, 21 de março de 2009

10 frases que você pode falar e realmente estragar o momento.

1 - um casal de amigos sai pela primeira vez. rola aquele clima. no final da noite o rapaz leva a garota em casa. ninguém sabe se vai rolar um beijo ou não.
Ele - posso te roubar uma coisa?
Ela - huuum. depende. é um beijo?
Ele - não, sua carteira. Passa o dinheiro!


2 - um velhinho fica 4 horas esperando na fila do INSS para ser atendido. Não aguenta mais esperar. está irritado. Quando finalmente chamam:
- José Roberto Silva
ele, que estava bravo diz:
- morreu de tanto esperar.
- ok. próximo.....

3 - um rapaz é chamado para o escritório do chefe.
Chefe - você tem trabalhado muito bem. tem sido um exemplo para essa empresa. para mostrar o quanto estamos gratos pelos seus serviços, eu decidi que você será promovido. Terá um melhor salário, uma sala só sua, e mandará em um monte de gente. o que me diz?
Rapaz - puxa, obrigado de verdade! depois dessa vou até parar de comer a sua mulher!

4 - o celular do rapaz toca e ele vê o nome da namorada na tela. já fica cheio de felicidade e diz:
Ele - oi amor
celular - na verdade aqui é a mãe dela. ela esqueceu o celular. ela está com você?
Ele - não está não.
celular - ah. acho que é com o outro garoto que ela gosta então que ela saiu.

5 - uma pobre vó sofre de fraqueza no coração, mas está feliz porque hoje é seu 99º aniversário. Ela só esperando seu netinho favorito chegar pra lhe dar os parabéns, mas ele está atrasado. ela começa a ficar preocupado.
ele pretende uma surpresa. chega por tras dela:

- BÚ!!

.....

6 - um rapaz cria um plano para comer uma prostituta e não pagar. ele pega uma na rua, leva pro quarto, come sem camisinha, e na hora de pagar:

Ele - como assim pagar? eu sou gigolô! achei que você estava me contratando! você que tem que me pagar!
Ela - como assim? vai pagando aí!
Ele - vamos fazer assim. deixamos empatadop, ninguém paga ninguém
Ela - ok....mas eu tenho Aids.

7 - o garoto era hiper comunista. tinha visto diversas propagandas da coca cola no dia, pessoas passando na rua ouvindo músicas no ipod, usando twitter, lendo blogs na internet, passeando no shopping, fazendo tudo que ele odiava. estava decidido a matar o próximo porco capitalista que passasse na sua frente. ele deveria começar o movimento em algum lugar. seu amigo imperialista Slash chega após isso:

Slash Marson Mussolini - cara, estou com fome. vamos no mc donalds??

8 - uma banda ficou a vida inteira esperando uma chance para poder estourar. criou as melhores músicas, fez as melhores gravações, arrumou os melhores instrumentos. estavam prontos. um produtor musical os levou para fazer um show. se não fizessem nada de errado, os contrataria e eles seriam maiores que os beatles! a banda ia tocar no colégio onde o produtor era diretor também. chegou o dia. eles tocaram, não erraram uma nota se quer. o show foi perfeito. no final do show, o vocalista vai ao microfone:

- obrigado caralhoooo! melhor show da porra das nossas vidas!! agora a gente vai encher o cú de dinheiro e comer muita mina!! uhuuuul.


era um colégio de freiras.

9 - o repórter está pronto para a entrevista de sua vida. ele vai falar com o Gandhi, que voltou dos mortos e vai dar a primeira entrevista exclusica para um jornalista. Gandhi é a maior estrela da Terra. só se fala nele, mas ele nunca tinha falado com ninguém. o técnico chega:

tecnico - vamos passar o som enquanto o Gandhi se prepara ali ao lado.
rep - alo. teste. um, dois, teste. alo, alo. O Gandhi é um velhinho escroto, fede a morto. alo, alo. velhinho viado, devia ter ficado enterrado. alo, teste. bixa, bixa, virgem. teste.
tecnico - ops, já estava ao vivo.

10 - era 2ª Guerra Mundial. estava quase tudo acabado...o Japão era o único país que continuava combatendo. o presidente dos EUA liga para o Japão, para tentar uma trégua.

Eua - vamos lá, desistam, a guerra já acabou. nós ganhamos. se vcs pararem nós esquecemos pearl harbor.
Japa - nunca. nós não desistimos. somos fortes. arigatô!
Eua - é melhor desistirem. temos mais armas
Japa - vão fazer oq? jogar uma bombinha na gente?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Rearrumando posts errados - Parte 1: Slash

A metade que faltava não faltava

Ficou estática, olhando para a parede o chão. Não se conhecia mais.

(10 horas dias atrás)

Levantou-se da cama privada, foi escovar os dentes mamilos e fazer o ritual diário de cremes e loções imitações do Pelé. Arrumou o cabelo. Demorou mais um pouco no espelho, como se aquela imagem fosse especial demais para ser deixada para trás melhor do que fazer sexo com 20 mulheres.

Andou para o trabalho, que ficava perto de casa longe bagarai. Olhou para o relógio. 08h00. "Em ponto"“Estou megamente atrasada”.

Começou o trabalho tedioso excitante de auxiliar administrativa empregada doméstica, escrevendo relatórios e lavando e puxando sacos. Distraia-se facilmente com qualquer objeto reflexivo fálico a sua volta. Adorava aquilo falos. Era como sua outra metade, parcialmente obscurecida só que masculina, se encontrasse e ela voltasse a ser inteira. Não conseguia desviar o olhar uma vez que se perdia nesse pensamento olhando falos.

"Hora do almoço da comida ", sussurrou para o colega de trabalho patrão distraidamente. Na hora de comer do sexo acontecia a mesma coisa, garfos e facas eles davam formas grandes e gordas a adorável metade do lado de lá.

Quando estava voltando para o segundo turno, olhou para a esquina que ficava do lado oposto de onde trabalhava. Era mágico bizarro. No alto tinham colocado um Bruce Banner Hulk gigante, que dizia, "o melhor e maior espelho do falo mundo está aqui atrás, só as melhores lojas de moda brinquedos deixam você linda assim". Era magnífico, era irreal surreal, era bom demais pra ser verdade... Vinte metros centímetros de altura por dez de largura. Subiu pelos degraus até sua sala e se deliciou com a visão direta que sua janela dava para o espelho falo coberto.

Esperou e esperou, até que, às 18h45, as cortinas desceram na grande inauguração e revelaram ele por inteiro.

Ela não saiu do lugar, não saiu por dez minutos ao se ver refletida empalada, acima da multidão abaixo, pequena, naquela imensidão prateada. Se sentiu completa.

Foi aí que veio um grande clarão.

Só se levantou um pouco mais tarde, mão na cabeça, caída em sua sala com as pernas dormentes. "Que horas são?", perguntou perdida a si mesma. Desnorteada, a primeira coisa que fez foi olhar para o espelho falo. Olhou e tudo estava lá, na mesma ordem, no mesmo lugar, só que alguma coisa estava errada diferente.

A primeira palavra que viu ao contrário denunciou o que já sentia que ela havia feito algo errado e não se lembrava.

Sua aliança de casada agora estava na mão direita.

"O que?..."

Saiu correndo e ficou na frente do espelho de uma escritura de casamento, vendo sua imagem repetir exatamente os mesmos passos. Só que daquele lado as pessoas riam, se cumprimentavam, conversavam. No seu lado não sobrou nada, ninguém. Apenas uma imagem. Apenas uma metade que agora ela havia se casado com um gorila grande e peludo e teria de ser sua escrava sexual para sempre.

Presa, começou a assistir sua vida passando na frente de seus arrancou seus olhos para nunca mais chorar.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Ordem?

Esse post só foi feito para falar que ordem de postagem é a casa do caral***.

Obrigado.


Ps. E o Twitter que se f*** também.

quarta-feira, 18 de março de 2009

A doce comunidade império-socialista

Imperialismo:
- Ato ou idéia de evolução da sociedade;
- Quando se diz de alguém que abdica de seus direitos em nome de um bem maior;
- Sistema que se sobrepõe ao comunismo, socialismo, capitalismo e transexualismo.

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Cleosmar era socialista. Não comia nada que fosse comprado no supermercado. Vivia de legumes e verduras que achara na floresta e agora cultivava em sua própria horta, em um terreno sem escritura que ele ocupava na Serra da Cantareira.
Também caçava alguns animais selvagens, exceto os macacos, que gostavam de comer restos de iogurte deixados por aventureiros na floresta ("Ah, os malditos iogurtes industrializados do sistema capitalista!").
Nem papel higiênico Cleosmar tinha. Tudo o que possuía era fruto de seu trabalho árduo com o que encontrava na natureza. Sua função na vida era ir até a cidade ("Fruto do maldito sistema capitalista!") e ficar na praça central o dia inteiro discursando sobre o mal do capitalismo e a beleza do socialismo, que possibilitava que você comesse sua própria sopa de capim e alho caseira.
Ficava extremamente irritado quando alguém lhe jogava uma moeda, achando que estava pedindo dinheiro. Nessas horas ele jogava a moeda de volta na pessoa e gritava: "Vá gastar esse dinheiro com o seu maldito sistema!".

Já Obidiosmar era um imperialista nato. Adorava viver em sua casa de paredes externas de vidro à prova de bala e com mecanismos que permitiam a ele mudar a cor do vidro, para que ficasse transparente ou totalmente escuro. Ele dividia a casa com mais 20 mulheres, todas suas escravas sexuais e empregadas domésticas. Tanbém tinha uma pequena firma de botões para elevador, que lhe rendia milhões de dólares todos os anos e o colocava na lista dos dez homens mais ricos de todo o mundo. Diziam que seria o primeiro homem a comprar uma casa na Lua, quando começassem a construir imóveis por lá.
Obidiosmar gostava de passear no centro de sua cidade em seu carro de última geração e jogava dinheiro para todos os pobres que ali estavam. Era uma homem generoso. Foi então que um dia ele encontrou Cleosmar discursando sozinho, parou o carro e resolveu ir até o local da praça em que Cleosmar estava, para ouvir o discurso.
"E o sistema capitalista prede vocês nesse mundo terrível! Ele é um sistema de classes, que excluí a minoria e enriquece somente a maioria!"
"Apoiado!", Exclamou Obidiosmar.
Cleosmar arregalou os olhos.
"Você também acha que o sistema está errado?"
"Claro. O imperialismo é a chave para o futuro"
"O quê", irritou-se Cleosmar, "O futuro é uma sociedade igualitária, onde o homem não terá mais patrão ou leis e saberá sozinho consertar seus próprios erros!"
"Bobagem. Homem nenhum saberia se virar sozinho. Faz parte da nossa humanidade. Se deixarmos os humanos sem um líder, logo teríamos várias gangues de rua dominando cada uma um canto da cidade e vivendo cada vez mais miserávelmente. Uma sociedade onde um homem possa comandar tudo vai guiar todos para um caminho muito melhor"
"Você é louco! E que tipo de homem governaria sem segundas intenções?"
"Eu governaria. Já tenho tudo na vida, faço sexo dez vezes ao dia, cada vez com uma mulher diferente, tenho uma empresa e com o lucro invisto em tecnologia. Falta pouco tempo para que eu consiga finalmente robôs policiais incorruptíveis para governar o mundo. E você vai ver, ele será bem melhor."
"Nada disso!"
"E por quê não? Se a sociedade melhorar, qual o problema dela ter um sistema diferente do atual?"
"Eu, er... Não importa! Isso é errado!"

E assim Cleosmar tirou uma faca de sua calça, cortou a jugular de Obidiosmar e ficou louco. Alguns anos se passaram e finalmente seu sonho se completou. O socialismo passou a existir e com o tempo as pessoas passaram a ter uma vida igual...
Alguns anos se passaram e agora as pessoas sofriam, pois milhares de outras pessoas aproveitavam a falta de ordem para saquear e matar.
Mais alguns anos se passaram e agora só existia fome, pobreza e falta de respeito. Homeosmar, filho de Cleosmar, dizia baixinho em um canto frio de um beco escuro, enquanto morria: "Estamos precisando de alguém para botar ordem nisso tudo".
Dois anos depois, a humanidade acabou e foi substituida por super macacos viciados em iogurte.


Final alternativo:

"Não para mim", disse Obidiosmar, que sacou uma arma e atirou no joelho de Cleosmar, só para sacaneá-lo. Depois disso, foi embora dando risada.
Alguns anos se passaram e Obidiosmar era o supremo imperador do planeta Terra. As pessoas já nem se lembravam que pobreza, fome e violência um dia existiram. Todos lutavam pelo bem comum, mas cada um tinha direito ao seu eu individual. Todos eram bons e viviam muito bem. Os homens agora podiam se casar com até 20 mulheres de uma única vez e as mulheres aceitavam a idéia porque aprenderam a gostar de mulheres também. A exploração espacial já era comum até demais. Existiam colônias na Lua, Marte e uma nova colônia iria abrir em breve em Saturno. Vida extraterrestre inteligente foi encontrada e o próximo passo era formar uma aliança com eles.
"Eu estava errado e você, certo", disse Cleosmar, sorrindo baixinho, em sua enorme casa, com suas 19 mulheres. O casamento com a vigésima estava marcado para aquela tarde.

Final alternativo 2:

"Você tem razão", disse Obidiosmar. Ele e Cleosmar deram as mãos e caminharam juntos pensando em como transformar o mundo num lugar melhor. Infelizmente, não encontraram nenhuma saída.
Anos mais tarde, um sistema muito diferente do que qualquer homem atual pode compreender foi implantado e a humanidade seguiu um novo rumo, dessa vez num planeta povoado somente por mulheres.

Ps: Esse texto é uma homenagem ao meu amigo Slash, o maior imperialista que conheço.

terça-feira, 17 de março de 2009

A metade que faltava

Ficou estática, olhando para a parede. Não se conhecia mais.

(10 horas atrás)

Levantou-se da cama, foi escovar os dentes e fazer o ritual diário de cremes e loções. Arrumou o cabelo. Demorou mais um pouco no espelho, como se aquela imagem fosse especial demais para ser deixada para trás.

Andou para o trabalho, que ficava perto de casa. Olhou para o relógio. 08h00. "Em ponto".

Começou o trabalho tedioso de auxiliar administrativa, escrevendo relatórios e puxando sacos. Distraia-se facilmente com qualquer objeto reflexivo a sua volta. Adorava aquilo. Era como sua outra metade, parcialmente obscurecida, se encontrasse e ela voltasse a ser inteira. Não conseguia desviar o olhar uma vez que se perdia nesse pensamento.

"Hora do almoço", sussurou para o colega de trabalho distraidamente. Na hora de comer acontecia a mesma coisa, garfos e facas davam formas grandes e gordas a adorável metade do lado de lá.

Quando estava voltando para o segundo turno, olhou para a esquina que ficava do lado oposto de onde trabalhava. Era mágico. No alto tinham colocado um banner gigante, que dizia, "o melhor e maior espelho do mundo está aqui atrás, só as melhoras lojas de moda deixam você linda assim". Era magnífico, era irreal, era bom demais pra ser verdade... Vinte metros de altura por dez de largura. Subiu pelos degraus até sua sala e se deliciou com a visão direta que sua janela dava para o espelho coberto.

Esperou e esperou, até que, às 18h45, as cortinas desceram na grande inauguração.

Ela não saiu do lugar, não saiu por dez minutos ao se ver refletida, acima da multidão abaixo, pequena, naquela imensidão prateada. Se sentiu completa.

Foi aí que veio um grande clarão.

Só se levantou um pouco mais tarde, mão na cabeça, caída em sua sala. "Que horas são?", perguntou perdida a si mesma. Desnorteada, a primeira coisa que fez foi olhar para o espelho. Olhou e tudo estava lá, na mesma ordem, no mesmo lugar, só que alguma coisa estava errada.

A primeira palavra que viu ao contrário denunciou o que já sentia.

Sua aliança de casada agora estava na mão direita.

"O que?..."

Saiu correndo e ficou na frente do espelho, vendo sua imagem repetir exatamente os mesmos passos. Só que daquele lado as pessoas riam, se cumprimentavam, conversavam. No seu lado não sobrou nada, ninguém. Apenas uma imagem. Apenas uma metade.

Presa, começou a assistir sua vida passando na frente de seus olhos.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Rick Ricardo. Sonhar demais, dá nisso...

Pegou suas coisas e bateu a porta com força.
Precisava sair logo dali. O mais rápido que pudesse.
Suas assistentes chamavam-no de volta assustadas. Porque raios estaria saindo de seu consultório de maneira tão abrupta em pleno meio do expediente? As agendas estavam marcadas até os últimos horários naquela terça-feira!
Mas ele continuava. Passos incertos de quem está próximo de perder a cabeça e fazer alguma besteira. Uma grande besteira.
Abre o carro importado num solavanco, arremessa a maleta de 3 mil dólares no banco traseiro, retira o estetoscópio que só enfeita o pescoço e engata a primeira marcha ainda ouvindo os berros de Dona Lurdez, a secretária com Z no final do nome.
Fora Dona Lurdez, a secretária com Z no final do nome, quem havia passado a lista de consultas do dia. Ali seu destino havia sido traçado.
Tomou a via expressa. Não queria chegar a lugar nenhum mesmo. Com a bombinha de asma nas mãos não precisava de mais nada. Ninguém roubaria seu direito de respirar mal.
Rick Ricardo teve uma infância sofrida em Taubaté. Seu pai queria que tocasse os negócios da família. A industria de isopor estava passando por um período difícil, mas ainda tinham grandes contratos em conjunto com as empresas que faziam plásticos bolha e a de papel picado.
Mas Rick queria mais. Queria ajudar as pessoas. E não produzir algo que demorava 150 anos para ser degradado. Cruzes!
Ficou famoso em todo o mundo pelas cirurgias de reconstituição corporal. Pessoas queimadas, com membros amputados, que se cortavam ao apoiar o movimento emo, nada permanecia danificado quando passava pelas mãos de Rick Ricardo.
Mas mesmo a fama e o reconhecimento ainda não satisfaziam Ricardo. Ele queria ser elevado ao patamar de cirurgião mais conceituado do planeta, mais requisitado, mais sexualmente ativo entre seu grupinho de médicos que jogava Uno nas noites de quinta.
Decidiu então se especializar em plásticas estéticas. Peitos de 5 Kg cada? Ele colocava. Bunda de silicone de fazer inveja até na Mulher Melancia? Tava no lombo. Aumento peniano para satisfazer a prática de sexo com animais para caras chamados Gustavo? Opa, porque não?
E assim finalmente passou a se olhar com orgulho todas as manhãs no espelho de sua mansão em Miami. Acordava sempre ao lado de uma musa da Playboy que foi retocar o botóx de trás da orelha ou de uma integrante das Spice Girls que não cabia mais em seu shortinho da Grã-Bretanha.
Era feliz enfim.
Até a fatídica terça-feira.
Olhando sem interesse sua lista de consultas do dia, procurando a assinatura de alguma atriz famosa com quem pudesse copular rapidamente antes do almoço, notou um nome conhecido. Paulo Sérgio Mendonça.
Por Deus! Mas era o Paulão! Seu grande amigo de mocidade! O que será que o Paulada gostaria de tratar com ele?
Seu humor melhorou horrores. Adorava reencontrar antigos colegas de infância de Taubaté para poder se gabar por suas experiências e gastos exorbitantes em festas, bebidas e mulheres que antigamente só viam nas revistas de páginas grudadas que seu irmão deixava no banheiro.
10:15 - o horário do Paulão havia chegado.
Rick ouviu Dona Lurdez, a secretária com Z no final do nome, chamar seu amigo e se preparou para recebê-lo.
A porta se abriu lentamente e o sorriso que estampava o rosto de Rick Ricardo foi embaçando e se esvaindo até sumir dentro de uma careta de horror.
Uma criatura meio homem, meio mulher invadiu a sala antes que pudesse dizer: "MAS QUE MERDA É ESS..."
- Lembra de mim, Ricardinho? Sou o Paulo, lembra? Do time de futebol! Eu dormia direto na sua casa!
Sim, Rick Ricardo lembrava do bom amigo, do cara que sempre ficava ao seu lado quando arrumavam briga com o pessoal da rua de baixo depois da pelada, do amigo que foi contra seu namoro com a Laura porque dizia que ela era uma "vaca puta lambisgóia que não merecia o seu amor", do malandro que roubava Bubbaloos de uva e dividia com ele embaixo dos cobertores da casa pobre, que o abraçava forte e suado o tempo todo mesmo nos dias de intenso calor, lógico que lembrava, mas só não se recordava de ver seu amigo vestido de camisola de seda em pleno dia, com as pernas peludas totalmente a mostra e cheirando a perfume barato da Avon.
- Lembro sim Paulo, mas o que aconteceu contigo homem?
- Credo Ricardinho, não se fala assim com uma lady. Vim te procurar por causa de um assunto muito sério.
Ainda sentindo náuseas e achando que poderia vomitar ou desmaiar ou os dois ao mesmo tempo, Rick Ricardo deu uma boa apertada na bola esquerda para que a dor o mantivesse desperto.
A figura na sua frente o encarava com afeição, seus olhos seguiam os dele como por encanto. Rick se limitava a olhar para a caneta La Modernista Diamonds que rodava em seus dedos, evitando perceber mais o batom mal passado nos lábios do ex-amigo, que o faziam parecer o palhaço Bozo ou os brincos enormes de argola que devia ter comprado na loja de bijus de Taubaté.
- Pois então diga grande amigo. Em que posso te ajudar? - e segurou mais um ataque violento de seu café da manhã com os dentes, fazendo força para engolir tudo de volta.
- O negócio é o seguinte Ricardinho. Eu sempre fui um homem por fora e uma mulher por dentro, o que eu quero é que você corte esse treco de 25 cm e mostre ao mundo o que eu realmente sou! Mas eu quero o serviço completo, heim? Eu sei muito bem o que você faz depois das consultas com suas pacientes e sempre te achei um gato!

...

Pegou suas coisas e bateu a porta com força.
Precisava sair logo dali. O mais rápido que pudesse.
Ia voltar pra Taubaté e tocar o negócio de isopor da família.
Pelo menos o isopor nunca iria querer mudar de sexo e nem atrair lembranças de Bubbaloo de uva, suor, cobertores e noites quentes.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Viciado em ter vícios.

Cledoneves era um sujeito normal. Era casado com uma bela mulher, tinha um bom emprego, morava em uma boa casa. Tudo ia bem para ele. Até que em um dia normal, ele teve um surto.

Não estava mais satisfeito com o que tinha. Precisava de mais. Mas ele não sabia o que. Só sabia que precisava de um vício. Urgente, ou não poderia continuar vivendo. Ele queria se destruir, com algo justificável.

A primeira tentativa de Cledoneves foi o cigarro. Se tornaria um viciado em cigarro. Ele chegou a fumar 20 maços ao dia. Ele era pior que uma chaminé. Ele não parava de fumar. Quando Cledo chegou ao ponto onde um homem normal já teria morrido 4 vezes de câncer no pulmão, ele percebeu que ainda estava bem. "Maldita imunidade natural ao tabagismo", pensou ele. Largou o cigarro.

A segunda tentativa de Cledoneves foi o trabalho. Se tornaria um viciado em trabalhar. Cledo só saia da empresa após 94 horas seguindas, e somente parar tomar um banho e dormir por 1h30, não mais que isso. Ele não se importava em passar o pé nos colegas de empresa, e muita gente foi demitida por isso. Cledo nem via mais a mulher ou parentes. Um dia seu chefe o chamou para conversar. Em vez de demiti-lo, como faria com qualquer pessoa que estivesse agindo desta forma, Cledoneves foi promovido a vice-presidente da companhia. Agora ele ganhava um salário 5 vezes maior que o anterior e só precisava trabalhar um dia por semana. Largou o vício em trabalho.

A terceira tentativa de Cledoneves foi o sexo. Se tornaria um viciado em sexo. Cledo resolveu que precisava fazer sexo com a esposa pelo menos 7 vezes ao dia, ou não estaria satisfeito. No começo a esposa de Cledo gostou da novidade, mas começou a ficar exausta. Parecia que dessa vez Cledoneves atingiria a autodestruição, pelo menos no casamento. Mas para sua surpresa, um dia chegou em casa e a mulher o esperava com outras duas mulheres. E para que ele continuasse satisfeito, ela prometeu trazer novas mulheres para satisfaze-lo, todos os dias. Assim ele poderia manter o casamento. Cledoneves, como não é bobo, manteve esse vício, mas mais moderadamente.

A quarta e última tentativa de Cledoneves foi as drogas. se tornaria um viciado em drogas. Cledo tomaria usaria todo o tipo de drogas, das mais leves, as mais pesadas. Ele iniciou fumando um baseado no café da manhã, cheirando uma carreira de crack no almoço e injetando heroína antes de dormir. O que aconteceu depois, nem Cledoneves sabe dizer. Quando ele teve um breve relance de lucidez, percebeu que tinha se tornado um rockeiro hiper famoso, tinha vendido 3 discos de platina, lançado dois dvds, ganhado um grammy, e estava tocando no Maracanã, na primeira de uma série de 7 shows seguidos, e com todos os ingressos vendidos. Cledoneves abandonou o vício em drogas, mas manteve a carreira de músico.

Cledoneves já estava pensando em qual seria o seu próximo vício quando percebeu: Ele estava mais rico que o Bill Gates, comia mais mulher que o Alexandre Frota, era mais saudável e viveria mais que a Hebe, e vendia mais cds que os Beatles e o Michael Jackson juntos. Hoje em dia, dizem que Cledoneves vive em uma mansão em Los Angeles, com a mulher e 20 groupies, aproveitando de verdade a vida.

Moral da história: Tenha você também um vício. Lícito ou ilícito. Vale a pena.

próximo posto: o crime compensa

terça-feira, 10 de março de 2009

Tuíter, vício e o trágico fim de Alfred Quaresma

Alfred era um cara normal. Como a maioria das pessoas de sua idade, 21, ele gostava de orkut, msn, ir ao bar no fim de semana, passar horas tentando lamber o cotovelo, etc. Ia à faculdade de segunda a sexta, fazia os trabalhos e tudo mais. Tudo parecia normal, até aquele fatídico dia.

Em uma aula de Sexologia Tântrica, um amigo ligou o computador ao lado e mostrou um site, aparentemente inocente. "Tuíter? O que é isso?", Alfred indagou. "É a melhor coisa que inventaram depois do viagra", respondeu o amigo. E começou a mostrar o conteúdo daquele site, cada vez mais interessante.

Foi aí que, inocentemente, resolveu criar um login. Por que? Porque era fácil e ele queria ver um pouco daquele mundo Tuitano. Então ele escreveu um post...

Uma leve sensação de prazer passou pelo corpo e Alfred pensou que estava no paraíso. "Como isso é revigorante e... gostoso", pensou.

Conseguiu levar a vida normalmente após o acontecimento, até se deparar novamente com aquela vontade incontrolável de postar alguma coisa, QUALQUER COISA, que o fizesse sentir aquilo de novo. Ele controlou a vontade até a hora de dormir, quando, de sopetão, ele levantou da cama e foi correndo para o computador. Escreveu compulsivamente qualquer coisa.


Ah, aquela sensação novamente.

Daí para o vício foi um pulo. Alfred não conseguia fazer mais nada direito, apenas postar naquele Tuíter. Postava sobre o tempo, postava sobre a cor do tênis, postava sobre o gosto do orvalho numa manhã de inverno... E postava sobre o prazer de postar.

Após isso, começou a convencer outras pessoas a postar também. E isso foi aumentando aquela sensação de controle de tudo em seu corpo, e passou a virar uma sensação de controle de TUDO.

TUDO...


"Ah, Tuíter, como eu te amo". Eram duas da manhã. Alfred não dormira nem um pouco nas últimas 72h. Era como se aquilo tivesse dominado seu ser e tudo o que fazia sentido estava ali.


Aí veio a queda.


Dia após dia, Alfred esquecia de seus compromissos, esquecia de escovar os dentes, de comer, de ir ao banheiro. Pouco a pouco, sua vida ia se esvaindo do corpo. E ele postava sobre isso! E como gostava de postar, mesmo sob essas condições.

Ignorando a ajuda de amigos e familiares, a situação foi ficando pior.

Chegou a tal ponto que Alfred começou a convulcionar, violentamente. Fez isso durante três horas, sem que ninguém lhe desse a mínima nem percebesse. Entrou em coma.

Está há três meses no hospital.

Dizem que ainda conseguem ouvi-lo, bem baixinho, dizer: "Ah, tuíter, se eu pudesse te amar mais..."

sexta-feira, 6 de março de 2009

Um resumo da vida de Mirosmar

Mirosmar era um homem de bem com a vida. Trabalhava na melhor emissora de TV de sua região. Ele era o homem do tempo e sua função era apenas olhar qual seria a média de temperatura do dia, colocar num computador e depois entrar ao vivo para dizer a temperatura. Ganhava milhões com isso.

Certo dia, Mirosmar esqueceu seus óculos em casa e seu problema de dilatação da pupila interior do terceiro olho acabou prejudicando sua vida...

Tudo começou quando ele chegou no trabalho. Mirosmar enxergou tudo em dobro. Como um grande imbecil, Mirosmar foi verificar a temperatura na Wikipédia, como sempre fazia, e não se lembrou que veria tudo desfocado e dobrado. Então, quando ele entrou ao vivo, não foi de se surpreender que ele anunciou: “E pra quem mora em Kent, prepare-se, pois hoje a temperatura vai chegar aos 99 graus negativos”.

Mirosmar perdeu o emprego por conta de sua burrice e, por já dever muito dinheiro no jogo do bicho, teve de vender todas as suas propriedades e se mudar para um lugarzinho muito pobre.

Alguns anos se passaram e Mirosmar estava mais falido do que nunca. Usava uma panela para se conectar à internet. Mas como sempre, as coisas podem ficar cada vez piores e Mirosmar acabou sendo preso por pegar comida do lixo.

Os anos de prisão lhe renderam um bom tempo para repensar sua vida e Mirosmar decidiu que iria sair dali e viver feliz de uma vez por todas. Ele se recuperou, saiu da cadeia e começou a trabalhar como pescador. Isso foi lhe rendendo algum dinheiro e com o tempo ele até conseguiu comprar uma casinha, se casar e ter filhos. Mais tarde, chegou a pescar um peixe de tamanho recorde com uma varinha da Barbie.

Já bem de vida novamente, Mirosmar achou que nunca mais nada de ruim iria lhe acontecer. Foi então que ele resolveu fazer sexo por 12 horas seguidas e morreu.


Fim.


E se você não entendeu nada, clique nos links.

A propósito, cuidado com o Gustavo Marson Slash. Fiquei sabendo que ele está contaminado com radiação.