quarta-feira, 11 de março de 2009

Viciado em ter vícios.

Cledoneves era um sujeito normal. Era casado com uma bela mulher, tinha um bom emprego, morava em uma boa casa. Tudo ia bem para ele. Até que em um dia normal, ele teve um surto.

Não estava mais satisfeito com o que tinha. Precisava de mais. Mas ele não sabia o que. Só sabia que precisava de um vício. Urgente, ou não poderia continuar vivendo. Ele queria se destruir, com algo justificável.

A primeira tentativa de Cledoneves foi o cigarro. Se tornaria um viciado em cigarro. Ele chegou a fumar 20 maços ao dia. Ele era pior que uma chaminé. Ele não parava de fumar. Quando Cledo chegou ao ponto onde um homem normal já teria morrido 4 vezes de câncer no pulmão, ele percebeu que ainda estava bem. "Maldita imunidade natural ao tabagismo", pensou ele. Largou o cigarro.

A segunda tentativa de Cledoneves foi o trabalho. Se tornaria um viciado em trabalhar. Cledo só saia da empresa após 94 horas seguindas, e somente parar tomar um banho e dormir por 1h30, não mais que isso. Ele não se importava em passar o pé nos colegas de empresa, e muita gente foi demitida por isso. Cledo nem via mais a mulher ou parentes. Um dia seu chefe o chamou para conversar. Em vez de demiti-lo, como faria com qualquer pessoa que estivesse agindo desta forma, Cledoneves foi promovido a vice-presidente da companhia. Agora ele ganhava um salário 5 vezes maior que o anterior e só precisava trabalhar um dia por semana. Largou o vício em trabalho.

A terceira tentativa de Cledoneves foi o sexo. Se tornaria um viciado em sexo. Cledo resolveu que precisava fazer sexo com a esposa pelo menos 7 vezes ao dia, ou não estaria satisfeito. No começo a esposa de Cledo gostou da novidade, mas começou a ficar exausta. Parecia que dessa vez Cledoneves atingiria a autodestruição, pelo menos no casamento. Mas para sua surpresa, um dia chegou em casa e a mulher o esperava com outras duas mulheres. E para que ele continuasse satisfeito, ela prometeu trazer novas mulheres para satisfaze-lo, todos os dias. Assim ele poderia manter o casamento. Cledoneves, como não é bobo, manteve esse vício, mas mais moderadamente.

A quarta e última tentativa de Cledoneves foi as drogas. se tornaria um viciado em drogas. Cledo tomaria usaria todo o tipo de drogas, das mais leves, as mais pesadas. Ele iniciou fumando um baseado no café da manhã, cheirando uma carreira de crack no almoço e injetando heroína antes de dormir. O que aconteceu depois, nem Cledoneves sabe dizer. Quando ele teve um breve relance de lucidez, percebeu que tinha se tornado um rockeiro hiper famoso, tinha vendido 3 discos de platina, lançado dois dvds, ganhado um grammy, e estava tocando no Maracanã, na primeira de uma série de 7 shows seguidos, e com todos os ingressos vendidos. Cledoneves abandonou o vício em drogas, mas manteve a carreira de músico.

Cledoneves já estava pensando em qual seria o seu próximo vício quando percebeu: Ele estava mais rico que o Bill Gates, comia mais mulher que o Alexandre Frota, era mais saudável e viveria mais que a Hebe, e vendia mais cds que os Beatles e o Michael Jackson juntos. Hoje em dia, dizem que Cledoneves vive em uma mansão em Los Angeles, com a mulher e 20 groupies, aproveitando de verdade a vida.

Moral da história: Tenha você também um vício. Lícito ou ilícito. Vale a pena.

próximo posto: o crime compensa

5 comentários:

Slash disse...

eu sou viciado fazer sexo com animais, mas creio que isso nunca me fará bem...

Carol Reis. disse...

Que absurdo. Hahaha. Adorei. =]

Mococa disse...

Cheirou crack?
Caramba... esse é dos fortes haha

Anônimo disse...

"Credo Ricardinho, não se fala assim com uma lady."


Hahahah! XD Foda o conto!

Bruna Molon Grotti disse...

Maaano, que legal!
Adoro procurar vícios também.
Atualmente, estou na fase de cheirar travesseiros.
P.S.: a do sexo eu nunca larguei.