quarta-feira, 18 de março de 2009

A doce comunidade império-socialista

Imperialismo:
- Ato ou idéia de evolução da sociedade;
- Quando se diz de alguém que abdica de seus direitos em nome de um bem maior;
- Sistema que se sobrepõe ao comunismo, socialismo, capitalismo e transexualismo.

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Cleosmar era socialista. Não comia nada que fosse comprado no supermercado. Vivia de legumes e verduras que achara na floresta e agora cultivava em sua própria horta, em um terreno sem escritura que ele ocupava na Serra da Cantareira.
Também caçava alguns animais selvagens, exceto os macacos, que gostavam de comer restos de iogurte deixados por aventureiros na floresta ("Ah, os malditos iogurtes industrializados do sistema capitalista!").
Nem papel higiênico Cleosmar tinha. Tudo o que possuía era fruto de seu trabalho árduo com o que encontrava na natureza. Sua função na vida era ir até a cidade ("Fruto do maldito sistema capitalista!") e ficar na praça central o dia inteiro discursando sobre o mal do capitalismo e a beleza do socialismo, que possibilitava que você comesse sua própria sopa de capim e alho caseira.
Ficava extremamente irritado quando alguém lhe jogava uma moeda, achando que estava pedindo dinheiro. Nessas horas ele jogava a moeda de volta na pessoa e gritava: "Vá gastar esse dinheiro com o seu maldito sistema!".

Já Obidiosmar era um imperialista nato. Adorava viver em sua casa de paredes externas de vidro à prova de bala e com mecanismos que permitiam a ele mudar a cor do vidro, para que ficasse transparente ou totalmente escuro. Ele dividia a casa com mais 20 mulheres, todas suas escravas sexuais e empregadas domésticas. Tanbém tinha uma pequena firma de botões para elevador, que lhe rendia milhões de dólares todos os anos e o colocava na lista dos dez homens mais ricos de todo o mundo. Diziam que seria o primeiro homem a comprar uma casa na Lua, quando começassem a construir imóveis por lá.
Obidiosmar gostava de passear no centro de sua cidade em seu carro de última geração e jogava dinheiro para todos os pobres que ali estavam. Era uma homem generoso. Foi então que um dia ele encontrou Cleosmar discursando sozinho, parou o carro e resolveu ir até o local da praça em que Cleosmar estava, para ouvir o discurso.
"E o sistema capitalista prede vocês nesse mundo terrível! Ele é um sistema de classes, que excluí a minoria e enriquece somente a maioria!"
"Apoiado!", Exclamou Obidiosmar.
Cleosmar arregalou os olhos.
"Você também acha que o sistema está errado?"
"Claro. O imperialismo é a chave para o futuro"
"O quê", irritou-se Cleosmar, "O futuro é uma sociedade igualitária, onde o homem não terá mais patrão ou leis e saberá sozinho consertar seus próprios erros!"
"Bobagem. Homem nenhum saberia se virar sozinho. Faz parte da nossa humanidade. Se deixarmos os humanos sem um líder, logo teríamos várias gangues de rua dominando cada uma um canto da cidade e vivendo cada vez mais miserávelmente. Uma sociedade onde um homem possa comandar tudo vai guiar todos para um caminho muito melhor"
"Você é louco! E que tipo de homem governaria sem segundas intenções?"
"Eu governaria. Já tenho tudo na vida, faço sexo dez vezes ao dia, cada vez com uma mulher diferente, tenho uma empresa e com o lucro invisto em tecnologia. Falta pouco tempo para que eu consiga finalmente robôs policiais incorruptíveis para governar o mundo. E você vai ver, ele será bem melhor."
"Nada disso!"
"E por quê não? Se a sociedade melhorar, qual o problema dela ter um sistema diferente do atual?"
"Eu, er... Não importa! Isso é errado!"

E assim Cleosmar tirou uma faca de sua calça, cortou a jugular de Obidiosmar e ficou louco. Alguns anos se passaram e finalmente seu sonho se completou. O socialismo passou a existir e com o tempo as pessoas passaram a ter uma vida igual...
Alguns anos se passaram e agora as pessoas sofriam, pois milhares de outras pessoas aproveitavam a falta de ordem para saquear e matar.
Mais alguns anos se passaram e agora só existia fome, pobreza e falta de respeito. Homeosmar, filho de Cleosmar, dizia baixinho em um canto frio de um beco escuro, enquanto morria: "Estamos precisando de alguém para botar ordem nisso tudo".
Dois anos depois, a humanidade acabou e foi substituida por super macacos viciados em iogurte.


Final alternativo:

"Não para mim", disse Obidiosmar, que sacou uma arma e atirou no joelho de Cleosmar, só para sacaneá-lo. Depois disso, foi embora dando risada.
Alguns anos se passaram e Obidiosmar era o supremo imperador do planeta Terra. As pessoas já nem se lembravam que pobreza, fome e violência um dia existiram. Todos lutavam pelo bem comum, mas cada um tinha direito ao seu eu individual. Todos eram bons e viviam muito bem. Os homens agora podiam se casar com até 20 mulheres de uma única vez e as mulheres aceitavam a idéia porque aprenderam a gostar de mulheres também. A exploração espacial já era comum até demais. Existiam colônias na Lua, Marte e uma nova colônia iria abrir em breve em Saturno. Vida extraterrestre inteligente foi encontrada e o próximo passo era formar uma aliança com eles.
"Eu estava errado e você, certo", disse Cleosmar, sorrindo baixinho, em sua enorme casa, com suas 19 mulheres. O casamento com a vigésima estava marcado para aquela tarde.

Final alternativo 2:

"Você tem razão", disse Obidiosmar. Ele e Cleosmar deram as mãos e caminharam juntos pensando em como transformar o mundo num lugar melhor. Infelizmente, não encontraram nenhuma saída.
Anos mais tarde, um sistema muito diferente do que qualquer homem atual pode compreender foi implantado e a humanidade seguiu um novo rumo, dessa vez num planeta povoado somente por mulheres.

Ps: Esse texto é uma homenagem ao meu amigo Slash, o maior imperialista que conheço.

8 comentários:

Fernando Vidotto disse...

e eu completo a história. Se o Che e o Fidel tivessem conhecido Obidiosmar, Cuba seria maior que os EUA. Ou se eles tivessem conhecido o imperialista do Slash.

Mococa disse...

Precisamos arrumar outra pessoa para encher o saco.
O Slash, aquele imperialista, logo logo vai cair em depressão se isso continuar xP

Slash disse...

gente, eu imagino quem não conhece o ursão e lê o texto. o que vão pensar...

ursão, no fundo no fundo, você é socialista. =)

Slash disse...

apesar disso, o texto tá bem divertido. ursão para presidente

Bruno Bello disse...

hahaha no fundo, no fundo, eu não sou nada mesmo. xD

Anônimo disse...

Eu acheeeii MUITO machista essa história de 20 mulheres; que absurdo Ursão.

¬¬

Bruna Molon Grotti disse...

Gostei da história.
Principalmente da parte das mulheres gostarem de mulheres. Hahaha =]
Brincadeira!

Esse blog está genial! Quero fazer parte.

Fernando Vidotto disse...

Cara! a Bruna está entre nós novamente!

e mais uma vez falando de sexo. demais!