terça-feira, 10 de março de 2009

Tuíter, vício e o trágico fim de Alfred Quaresma

Alfred era um cara normal. Como a maioria das pessoas de sua idade, 21, ele gostava de orkut, msn, ir ao bar no fim de semana, passar horas tentando lamber o cotovelo, etc. Ia à faculdade de segunda a sexta, fazia os trabalhos e tudo mais. Tudo parecia normal, até aquele fatídico dia.

Em uma aula de Sexologia Tântrica, um amigo ligou o computador ao lado e mostrou um site, aparentemente inocente. "Tuíter? O que é isso?", Alfred indagou. "É a melhor coisa que inventaram depois do viagra", respondeu o amigo. E começou a mostrar o conteúdo daquele site, cada vez mais interessante.

Foi aí que, inocentemente, resolveu criar um login. Por que? Porque era fácil e ele queria ver um pouco daquele mundo Tuitano. Então ele escreveu um post...

Uma leve sensação de prazer passou pelo corpo e Alfred pensou que estava no paraíso. "Como isso é revigorante e... gostoso", pensou.

Conseguiu levar a vida normalmente após o acontecimento, até se deparar novamente com aquela vontade incontrolável de postar alguma coisa, QUALQUER COISA, que o fizesse sentir aquilo de novo. Ele controlou a vontade até a hora de dormir, quando, de sopetão, ele levantou da cama e foi correndo para o computador. Escreveu compulsivamente qualquer coisa.


Ah, aquela sensação novamente.

Daí para o vício foi um pulo. Alfred não conseguia fazer mais nada direito, apenas postar naquele Tuíter. Postava sobre o tempo, postava sobre a cor do tênis, postava sobre o gosto do orvalho numa manhã de inverno... E postava sobre o prazer de postar.

Após isso, começou a convencer outras pessoas a postar também. E isso foi aumentando aquela sensação de controle de tudo em seu corpo, e passou a virar uma sensação de controle de TUDO.

TUDO...


"Ah, Tuíter, como eu te amo". Eram duas da manhã. Alfred não dormira nem um pouco nas últimas 72h. Era como se aquilo tivesse dominado seu ser e tudo o que fazia sentido estava ali.


Aí veio a queda.


Dia após dia, Alfred esquecia de seus compromissos, esquecia de escovar os dentes, de comer, de ir ao banheiro. Pouco a pouco, sua vida ia se esvaindo do corpo. E ele postava sobre isso! E como gostava de postar, mesmo sob essas condições.

Ignorando a ajuda de amigos e familiares, a situação foi ficando pior.

Chegou a tal ponto que Alfred começou a convulcionar, violentamente. Fez isso durante três horas, sem que ninguém lhe desse a mínima nem percebesse. Entrou em coma.

Está há três meses no hospital.

Dizem que ainda conseguem ouvi-lo, bem baixinho, dizer: "Ah, tuíter, se eu pudesse te amar mais..."

5 comentários:

Fernando Vidotto disse...

acabo de excluir o Gustavo Slash do meu twitter. sem mais.

Bruno Bello disse...

Deveria ser "Twitter, vício em sexo e a vida de Slash Marson"

Mococa disse...

Meu, eu sei que não entender piadas internas quando EU SOU UM DOS INTERNOS é foda, mas Batman?
Heim?

Slash disse...

alfred - batman - mordomo - nome em comum? ham ham ham???

rs

Carol Reis. disse...

Que post mais obscuro. Hahahaha. E eu concordo com o ursão... o protagonista deveria ser o Slash. =]