quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A infalível técnica do gerundismo

Um atendente de telemarketing, depois de mais um dia estafante de trabalho, resolve sair para beber. Mas não simplesmente para o fato de saciar sua sede. Ele queria encher a cara e, quem sabe com mais sorte, arranjar um alguém do sexo feminino para terminar bem a noite.

Ele chega ao bar totalmente irado.
- Aí, garçom. Vou tá querendo uma dose dupla, eu disse DUPLA, de whisky. E dos mais caros! E você tem que tá me trazendo já.

Na face do garçom surge um pequeno sorriso maroto. O futuro cachaceiro não hesita e solta:

- Posso estar sabendo o motivo da sua risada, companheiro?
-Nada, nada. – desconversou o garçom, mas já meio indignado com o linguajar "bem rebuscado" do cliente.

A madrugada chegava e o nosso telemarketing não parava com as bebidas e nada de mulher aparecer. Eis que a sorte do nosso campeão muda. Uma garota da vida avista nosso herói conversando com a estátua de Buda que havia no bar. “Vou faturar bem” pensa ela. Nossa querida prostituta só não sabia que ele era nada mais, nada menos que um TELEMARKETING com o linguajar de dar inveja aos grandes professores de português. Os dois trocaram meia hora de prosa e foram para um motel, vagabundo por sinal.

Ele todo empolgado, tirou a roupa rapidamente, mas o efeito do álcool estava passando e suas habilidades de telemarketing no telefone começaram a se integrar de novo na mente. A mulher se ajeita para o garotão até que ele solta a pergunta:

- Posso estar tirando sua roupa?
- Vai, tira tudo!
-Olha, você não deveria estar sendo tão apressada...
- Vai logo! Tira essa bagaça aqui!
- Tudo bem, vou estar tirando.

E ele tira depois de minutos de conversa inútil (sim, o diálogo dele foi esse mesmo). Ela ficou um pouco desconfiada, mas tinha que faturar seu ganha pão.

O rapaz não se conteve e lançou outra pergunta:
- Posso estar introduzindo meu membro em sua genitália?
- Ai, MEU DEUS! Faz logo!
- Calma ,garota! Temos que estar analisando os riscos que estamos correndo enquanto estamos fazendo isso a nível de doença sexualmente transmissível.

Ela perdeu totalmente a paciência, pegou as roupas, a maquiagem, a bolsa e saiu esbravejando de raiva.

É o que acontece quando tenta ser mais esperto que um atendente de telemarketing. Eles sempre vencem. Sempre! O que nos resta é justamente aceitar a força deles e comerçar a espalhar a técnica do gerundismo para todo o planeta.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A infelicidade de não entender piadas de duplo sentido

Não importa aonde você vá, não importa o que digam. Sempre há uma brexa para uma piada de duplo sentido. Muitas vezes ficamos calados ou esperamos que outra pessoa solte o infame trocadilho. Já estamos acostumados a ouvir essas besteiras a tanto tempo que viver sem elas já não tem mais graça.
Mas e quando a coisa complica? Muitas vezes não entendemos certas piadas por sermos "puros demais". É o caso da minha amiga. Fizeram com ela um teste de pureza. Colocaram um compasso aberto em cima da carteira dela a perguntaram: "O que você imagina quando vê isso?". Ela respondeu na maior inocência: "Um compasso aberto". E ainda por cima veio me perguntar o que significava, pois tinha ficado curiosa.
Outras vezes não entendemos por burrice mesmo. Não porque somos neandertais, mas porque a piada requer um pouco mais de intelecto e "safadesa" mesmo. Dê uma olhada no quadrinho abaixo:


Eu demorei algumas horas pra entender. E só então vi que não tinha graça alguma. Pelo menos para mim.
Piores são os casos de pessoas que não entendem e ficam com cara de bobo na frente de todos. Todo mundo para de rir da piada para rir da pessoa. Então, quando alguém soltar uma piadinha de duplo sentido, lembre-se: Ria. Ria mesmo. Se não entender, pare e pense. Não rir de uma piada de duplo sentido vai te deixar com cara de bobo na frente dos seus amigos e você mesmo não se sentirá confortável, afinal, quem não gosta de se sentir o "sabe tudo do duplo sentido"?