sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Linda, loura...

São 2 e meia da tarde.
Ela, linda, loura, treme perante o inevitável.
Olha para os lados; se assusta à menor movimentação próxima a seu corpo escultural.
Reclama baixinho da injustiça tremenda que Deus comete com um ser tão belo assim.
Até a pintura feia e gasta do ponto de ônibus parece ficar mais feia e gasta perto dela.
As gotas de suor vão percorrendo pouco a pouco toda a extensão de seu pescoço até o início do decote que homem nenhum, são ou insano, ousa desviar os olhos.
As mulheres a odeiam. TODAS, sem exceção. Até sua mãe a destrata em relação às outras filhas. As filhas normais, como ela costuma resmungar pra si mesma.
Aos poucos, com seus sublimes olhos verdes, identifica o vulto vermelho se aproximando no horizonte.
Ela dá sinal. O veiculo pára.
Começou...
O motorista, tão gordo quanto pode, freia alguns metros adiante somente para acompanhar seu andar sensual até a porta.
Na placa: Paraíso, mas para ela, loura e linda deste jeito, é o inferno...
Ao olhar além do cobrador com cara de fuinha, sempre a mesma vertigem. Só homens dentro... Dezenas e mais dezenas deles.
Maldito dia para ter saído de casa de saia.
Maldito dia para ter saído de casa.
Maldito dia...
Os novos modelos de transporte público foram projetados com um espaço maior entre os bancos para a circulação livre dos passageiros. Para todos, menos para ela.
Ao tentar atravessar a catraca, todos parecem dar um passo ao lado no corredor, somente para poder ter o prazer de esbarrar no seu corpo perfeito.
Ela se espreme, se esforça, sente mãos, suspiros e ereções, mas mesmo assim persiste até os bancos altos do fundo, onde há, onde meticulosamente SEMPRE há um lugar vago para alguém tão linda e loura.
Ao se sentar, cruza as pernas bronzeadas e é atravessada pela pressão de todos os olhos que se concentram na possibilidade de verem sua calcinha.
A cada lombada, o motorista obeso insiste em não desacelerar e os passageiros dão vivas com o movimento do decote bem dotado.
“Teu pai é pirata pra guardar um tesouro desses em casa?!” balbucia um bebum com a camiseta do Corinthians ao seu lado.
“Teu pai é mecânico? Porque você é uma graxinha!” diz um caolho com o boné “para o bem do povo, quero Lula de novo”.
E então é um festival de elogios e cantadas desferidas em direção aos seus pobres ouvidos de princesa.
A rapaziada canta, grita e se diverte, mas, duas horas depois, no ponto final, todos descem e continuam suas vidas medíocres com suas esposas horrorosas.
Ela, linda, loura e pobre, se atira do viaduto do Chá.

Moral da história: Seja bonito e compre o Novo Fiat Siena 2008.

[[to realmente me superando...]]

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Blog bobo, post bobo...

Ele andava pra lá e pra cá, inconformado.
Seus pensamentos ardiam em fúria enquanto olhos temerosos o seguiam em mais um de seus momentos raivosos.
“Como podem continuar agindo assim? É ultrajante!”
E mais um buquê de rosas ou caixa de chocolates eram entregues em seu quarto de hospital.
O lugar já parecia uma loja de conveniência tamanha era a diversidade de itens dispostos por todos os cantos.
Cartões desejando que melhorasse logo e não perdesse nunca as esperanças abarrotavam o leito ao lado do seu, balões coloridos com mensagens positivas e sorrisos enormes faziam do teto branco um arco-íris e lá vinha mais um maldito entregador com algo nas mãos perguntando quem era o Senhor Almeida...
A enfermeira, já tão aborrecida quanto ele, nem fazia mais questão de abrir a boca. Levantava o braço e apontava para o senhor grisalho que começava a amaldiçoar quem havia posto mais um filho entregador no mundo...
Romualdo Almeida havia aparecido na capa de inúmeras revistas no início do ano ao adquirir a maioria das ações de 15 mega-empresas de uma vez só na negociação mais ambiciosa de todos os tempos.
Em menos de um mês ele havia se transformado no brasileiro mais rico do mundo.
Desde então sua vida se tornou um inferno...
A secretária começou a cumprimentá-lo com uma piscadinha maliciosa no final.
Seus empregados apertavam sua mão euforicamente e lhe davam tapinhas nas costas quando passava.
Até sua mulher que andava meio distante e desleixada com a aparência, voltou a fazer ginástica e a transar com ele três vezes por semana.
Todos passaram a bajulá-lo.
E ele os odiava por isso. Os odiava odiosamente se isso fosse possível.
Em todos esses anos ninguém havia mostrado o menor interesse em parabenizá-lo por seus pensamentos econômicos, ninguém havia parecido para apertar sua mão e distribuir tapinhas amistosos quando quase perdeu tudo ao apostar no cereal matinal com sabor de tapioca, nenhuma alma penada ficou do seu lado na campanha “ensine um cego a dirigir”...
E agora isso.
Foi ao hospital tratar de uma unha encravada e todos agiam como se estivesse morrendo.
Mas estava decidido. Iria voar pela janela o próximo presente que chegasse.
15 minutos depois um bolo enorme despencou do 29º andar do prédio e se espatifou no chão do estacionamento.
Pena que a stripper dentro dele também...

Feliz natal pra todos.!

Só uma mensagem pra todos que lêem o blog

Um ótimo natal pra todos!
E como diriam no Futurama: "Feliz nétal. E não se esqueça de trancar bem as portas, pois meia noite o papai noel vem pra tentar te matar. Você não ia querer que ele enfiasse a sua cabeça no saco de presentes".

=)

sábado, 22 de dezembro de 2007

Slash informa

Devido ao feriado natalino, provavelmente os posts vão sair apenas depois do natal. É, porque os blogueiro no pêlo também têm família, namoradas, amantes, etc. Se por acaso um dos blogueiros postar, sorte de vocês. Do fundo do coração, nós te amamos. E agora é só me vestir de papai noel e assustar as criancinhas na rua como uma boa alma caridosa.


Um beijo na bunda de vocês,
Atenciosamente,

Slaash

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

E então é Natal

Peter estava sentando emburrado no seu canto. O dia que ele mais odiava no ano tinha chegado. Natal. Okay, não é Natal ainda, é dia 24, mas conta como Natal já.

Porque Peter podia ficar triste e bravo no dia em que o mundo todo está sorrindo? Simples! Por onde começar? Que tal pela neve? Sempre viu, desde criança, o Natal na tevê com neve. Nunca nevou no meu Natal! Sempre esse calor infernal do Verão! Cadê a propaganda da Coca Cola? Lá tem neve! Lá eles são felizes!

Outro problema. Dá mais ou menos 6 horas já começa a gritaria "Vai tomar banho, vai se arrumar, a gente vai se atrasar". Peter odeia ter que tomar sue banho cronometrado porquê papai, mamãe e irmão querem usar o chuveiro! Fora a falta de privacidade, você abre o box do chuveiro e tem uma pessoa retocando a maquiagem enquanto outra escova os dentes e um terceiro à porta faz a barba. E ele exposto (!).

A felicidade alheia também é irritante. As pessoas vem comprimentá-lo como se fosse o dia mais feliz da sua vida. É, mas no meu aniversário o senhor lembrou de ligar, vizinho maldito? E no dia que minha bola caiu aí no seu quintal e você a furou?? Hunf. Muito feliz Natal, seu velho!

Ceia de Natal em família só tem uma coisa boa: a comida. A família deixa Peter furioso. Ele gosta da sua família, mas toda ela de uma vez em um lugar só é pedir demais! As tias barulhentas mostrando uma no inteiro de albúm de fotos em que você não aparece. As discussões entre os primos porque não querem comer salada. Os tios falando sobre futebol e tentando discutir que canal é que vai ficar a tevê. As crianças que não param de correr e bater em tudo e todos e as tias barulhetntas mais uma vez tentando segura-las, mas no processo fazem mais barulho e quebram mais coisas do que as crianças.

Peter odeia presentes. Mentira, ele gosta de presentes, mas não presentes de Natal. Primeiro porque ele nunca ganha o que quer. Brinquedo, nunca mais. Algo legal? Custa caro e a siituação não está boa pra ninguém, como dizem. E roupas, sempre horríveis e que ele vai passar horas num fila pra conseguir trocar por algo melhor e mais caro e ter que pagar a diferença.

É. então é Natal. Mas não tem como fugir. Ou tem?

Peter virou budista e foi para o Japão. Cada ano aparecem mais Papais Noeis por lá. Peter está pensando em ir pro Alaska em dezembro.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Época de Natal

Um cara entra no pet shop, pensando em comprar um presente de natal para o pequeno Billy. Pequeno Billy pediu um cachorrinho, mas ele queria comprar um animal um pouco diferente, todo mundo tem um cachorro, pô! Um atendente afeminado vem falar com ele, rebolando:

- Veio comprar um cãozinho para seu filho?
- Não tenho filho, só um peste de um sobrinho.
- Hum, solteiro?
- E macho...
- Prefere um poodle ou um bichon frizê? (risos abafados)
- Ha ha ha
- Desculpa, machão.
- Quero um bicho diferente, que cê tem aqui que não é um cachorro nem algum tipo de coisinha meiga?
- Tem esse aqui (pega uma aranha peluda)
- Muito pêlo.
- Esse outro aqui também é exótico (pega uma cobra)
- Muito grande.
- Hum, quer alguma coisa não muito peluda nem muito grande?
- Exatamente! E todos os bichos remetem ao sexo.
- É, isso empobrece o post.
- Tell me about it!
- E esse? (mostra um papagaio)
- Porra, quer coisa mais manjada que papagaio pra fazer uma tirada engraçada?
- Mas eu não pensei em nenhuma...
- Nem eu... mas não gostei da cor. Não quero aves, cagam e mijam na mão.
- Especifica aí.
- Quero um bicho terrestre, que se possa pegar, não seja venenoso nem tenha alternâncias comportamentais e que dê prazer ao menino.
- Compra esse.
- Perfeito!

E ele deu ao pequeno Billy uma boneca inflável. Mas, no pet shop? É isso aí, faz tipo o efeito do poste de arranhar de gatos em humanos.

Final alternativo um:

- Compra esse.
- Perfeito!

E ele deu um beijo no vendedor e eles deram de presente o amor deles ao Billy.

Final alternativo dois:

- Compra esse.
- Perfeito.

E ele não deu nada ao pequeno Billy e comprou uma bolinha.

Final alternativo trezentos e vinte e sete. (Você ainda tá lendo?)

- Compra esse.
- Perfeito.

E o pequeno Billy viveu feliz com sua cobra peluda que voava...

Final alterna...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Ursão informa

Peço desculpas a todos os participantes do blog [Sempre lembro do Blob, vilão dos x-men, quando leio “blog”] e aos nossos poucos leitores (sim, eu sei que vocês existem!) pelo meu pequeno período de afastamento. Eu não sei quanto tempo vou ficar sem postar, mas acho que se eu postar 2 vezes durante as férias vai ser muito. O motivo é o meu trabalho em cima do meu livro. Eu estou “arrumando” ele, concertando tudo o que eu devia ter feito a 2 anos atrás. E quando terminar (espero que ainda em dezembro) vou publicar o livro todo de uma vez no meu blog (http://midokai.blogspot.com/). E ainda assim, quando terminar isso, pretendo escrever pelo menos uma boa parte do 2º livro, coisa que eu devia ter feito a pelo menos 1 ano atrás.

Eu sei, eu sei... Mas publicidade nunca é demais =D

sábado, 15 de dezembro de 2007

Realização

Clap clap clap. Ouve-se a platéia, no estádio inteiro, aplaudindo com veemência aquele que foi o melhor show de sua carreira, na sua opinião. Também, quem poderia imaginar que aquilo aconteceria na vida dele? Depois de tanto se esforçar tinha finalmente conseguido formar uma banda com um grupo de músicos fodas e dispostos a tocarem as composições dele.

"Que merda é essa?" Diziam seus amigos da faculdade de música. Não era muito trabalhada, era verdade, mas fazia sucesso, as pessoas de hoje em dia não querem saber de qualidade, e sim de músicas de fácil digestão. E ele sabia exatamente como se aproveitar disso. Começou a compor sem se preocupar com letras, com arranjos complicados, com atitude no palco... Tocava com playback, gravava com os músicos, mas fazia os shows sozinho.

E fez muitos, muitos shows. Tocou em estádios, casamentos, puteiros, eventos, festivais, etc. Até que uma hora, na prévia de lançamento do seu segundo CD e na comemoração de um ano de carreira impecável aos olhos da nação, ele decidiu parar com aquilo. Onde ele estava com a cabeça? Estudou 4h por dia durante anos, as vezes até mais, para que pudesse tocar com seus ídolos, e nunca conseguiu. A realidade não era essa, fazer shows com playbacks já não lhe dava prazer e esqueceu tudo o que sabia para compor qualquer coisa, rasa, que lhe tirava o antigo espírito de músico.

Mas em dado momento essa história o encheu. Iria mudar isso e iria mudar naquele momento! Marcou um show com dois meses de antecedência, para que pudesse se preparar, e começou o trabalho pesado. Trabalhou em cima das músicas dele e estudou feito um condenado, como nos velhos tempos, as velhas apostilas e métodos de guitarra. Ia fazer o show com seus velhos companheiros, que aceitaram de prontidão, visto o dinheiro que iria rolar.

Durante esses dois meses sua vida basicamente se reduziu ao quarto, cozinha, quarto, cozinha, sala, quarto. Sempre com alguma coisa na mão relacionada ao trabalho. Até a chegada do grande dia. Suava litros, como se fosse o primeiro dia que fez um show ao vivo. Tocou como nunca tinha tocado antes, de um jeito completamente novo e desafiador.

Voltou para a casa com a sensação de realização.

Continuou curtindo seu orgasmo profissional até quando viu a crítica no jornal do dia seguinte, dizendo que sua popularidade caiu. Milhares de cartas de fãs dizendo que ele tinha perdido a raiz, tinha perdido a noção das coisas e talz. Foi aí que até seu empresário boicotou a saída do segundo CD, que só conseguiu gravar graças a amizade com donos de estúdio e com a grana acumulada nos tempos áureos.

Em quatro meses perdeu tudo o que tinha conseguido com a sua música ruim. A sua música, agora digna de ser apreciada pelos ouvidos mais treinados, lhe rendia alguns trocados para o café na padaria. Trabalha hoje como gigolô.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Seja feliz, meu rapaz!

Francileudo vinha de uma família basicamente formada por gigolôs. Seu avô, Josival, havia sido o pioneiro da arte da prostituição masculina na região de São José das Quintas de Pirapora, pequenina cidade no interior do Acre. O avô de Francileudo constituiu uma nova era naquele povoado ao dar prazer a maioria das mulheres, uma vez que os seus maridos ficavam dias mata a dentro como fervorosos seringueiros. Com o cachê de US$2,35 [sim, em dólar...gigolô que se preze tem que ter seu cachê em moeda estrangeira, meus caros], ele fazia a alegria de todas as esquecidas esposas.

Após essa mudança radical em São José das Quintas de Pirapora, Josival entendeu que deveria mudar e criar uma clientela mais vasta e em um lugar mais de renome. Nessa época, Josival já tinha um filho, Estevan, cujo tinha sido primogênito de uma de suas clientes. Desembarcaram em Rio Azul do Mato Verde, província que limita a Bolívia do Acre. Lá, Josival começou a ensinar a arte da prostituição para o filho e viu ali que a tradição não quebraria. Estevan era um vulcão em fúria. Qualquer uma ele dava conta. Gorda, magra, feia, banguela, caolha, com três seios...para ele não tinha tempo ruim. Seu cachê? Claro, em dólar. Era de US$5,36, já que ele submetia a riscos piores que seu pai.

Assim como Josival, Estevan teve um filho acidental. Esse é Francileudo. O problema? Francileudo é, vamos dizer, mais sentimental. Ele até chegou a fazer alguns programas por aí, cobrando em reais, coisa que seu pai e seu avô repudiaram veementemente. Porém, como toda a profissão tem um risco, Francileudo conheceu uma garota e se apaixonou, quebrando a regra número 1 dos gigolôs. Largou tudo que tinha e foi se aventurar com ela. No começo, mil maravilhas. Amozinho pra lá, bebê pra cá, minha querida acolá. Aí, amigo, é que o querido Francileudo percebeu o por quê de homens como seus antecessores nunca terem se casado. A mulher dele, a Drozineida, mostrou-se uma tremenda, vamos dizer, MULHER. Francileudo começou a trabalhar como coletor de sêmen de búfalos para pagar as contas da casa. Nada mais justo que, depois de um dia exaustivo e vergonhoso de trabalho, ele quisesse praticar um pouco que seu pai e seu avô faziam para ganhar a vida. Drozineida, como um legítimo ser humano do sexo feminino se viu no direito de ignorar o pedido do Francileudo e refutar uma noite prazeirosa com ele. O motivo [leia-se desculpa]? Dores de cabeça.

Francileudo se separou, claro. Hoje em dia, ele administra três bordéis de luxo na capital paulista, cobrando em euros e ganhando milhões.

Moral da história? Bem, nós sabemos...

Resposta : Fala Chiclete!

Muito se diz e se imagina sobre como seria o mundo perfeito. Pensando na parada gay, citada no post abaixo, não pude deixar de pensar que essa sim seria uma ótima opção!

Homens peludos se roçando em plena luz do dia. Bandeiras com o arco-íris penduradas em diversos pontos. Rapazes, novos ou velhos, andando de mãos dadas pelas ruas. Bigodes sendo cultivados em homenagem ao grande Fred Mercury. Roupas justíssimas sendo exibidas. Village People tocando em todos os bares e points bacanas da cidade. Gays no poder (em São Paulo já temos um, ou você acha coincidência o Kassab querer mudar a estética das faichadas dos estabelecimentos e fechas todos os puteiros?). Gays fora do poder. Gays tomando o poder. O rosa ser o novo branco. Bandas só podendo cantar músicas que mostrassem o quento homens devem amar homens. Lutas de boxe seriam trocadas por arranhões e puxões de cabelo e só temrinariam quando a primeira biba chorasse....Enfim, quem não gostaria de morar em um lugar assim?


E no meio de tudo isso, eu. Me mantando hetero.


Sim sim, deixem os gays dominarem o mundo. Sobra mais mulher.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Fala chiclete!

Sou um cara hetero. Até o ultimo dos pentelhos.
Sinto um desejo incontrolável por mulheres. Vivo por elas.
Mas isso não me impediu de ir 2 anos seguidos à Parada Gay e me prometer que sempre que possível iria voltar.
Digamos que o universo cor de rosa me contagiou um pouco...
Mas vejam bem, continuo sendo o mesmo hetero do inicio do texto após essa revelação. Embora eu tenha de admitir que nos dias destas festas você realmente se sente um pouco alegre além do normal.
Eu lhes dou um conselho de amigo. Se no fundo, bem lá no fundo [ui!], você rapaz barbado ou garota de trancinhas tem alguma mínima dúvida sobre sua preferência sexual, mantenha-se longe daquele antro de perdição. Você pode acabar se sentindo culpado após liberar geral o que não imaginava que iria liberar [ui!²].
Em meu 1º ano fui com as garotas da minha antiga facul.
Para entrar, como diria Senor Abravanel, no “ritmo da festa” eu fui de rosa... Tsi, tsi... Grande erro.
Se você é só simpatizante [e nem isso eu era direito], vá com qualquer outra cor possível do maldito arco-íris, menos rosa. Porque se cometer o mesmo deslize que eu, virará um alvo...
Foi como se eu estivesse usando uma camiseta “Free Hugs”, mas num sentido mais purpurinado da coisa.
Resultado: passei toda a noite tendo de dispensar os mais variados clones de Freddie Mercury e seus amigos Village Peoples.
Admito que dei muita risada da criatividade dos homos, mas também cogitei uma tatto escrita “HT” [de hetero] na testa...
Mas também vejamos pelo lado positivo, várias garotas prestigiam o evento. E nem todas colam velcro, colocam as aranhas para brigar ou usam All-Star número 44 bico largo. [Tanto que fiquei com 7 no dia]
*faz V de Vitória*
Falando em All-Star me lembrei de um detalhe...
Sim, a gangue emo comparece em peso no dia mais cheio de borboletas do ano. A cada 5 minutos você esbarra em um e ele chora porque te ama e não é correspondido.
[[abre colchete mental]]
Eu gosto de garotas emo. As acho estilosas e com um bom gosto musical. Mas tenho uma reclamação a fazer.
Se você não tem a porcaria de uma franja enorme e usa o cabelo em uma cor só [pior ainda se for a cor natural dele], você não é “cool” o bastante para dar um “trejo” com ela e a namoradinha dela.
Isto é um absurdo!
Viva a putaria entre emouxinhas e nós caras normais que temos tésion nelas!
[[fecha colchete mental]]
Voltando à Parada Gay.
Neste ano, mais experiente, fui preparado. Vesti minha melhor camiseta verde e gogo dançar I Will Survive.
Mas não podia acertar em tudo, é lógico. Desta vez equivoquei-me em ir de dia...
Visualizem a cena. Fechem os olhos e imaginem 5 milhões de pessoas se esfregando umas nas outras sob o asfalto da Av. Paulista, dividindo o espaço com carros de som que levavam as Nany Peoples da vida [Nany quem???], num sol escaldante de 31°.
É... E dá-lhe pizza!
De qualquer maneira, eu lhes digo, experimentem.
No início eu perigava regurgitar meu almoço no pé de um traveco ao ver dois bigodes volumosos se misturando ao suor da multidão, mas as horas passam e você acaba não se incomodando mais em admitir o amor entre os motoqueiros donos deles.
Como já diziam os mamonas:
Abra sua mente, gay também é gente.
(Y).

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Entrando no mundo dos quadrinhos Marvel – Parte 1: Conhecendo os leitores

Muitas pessoas sabem o que é Marvel. Mas, pra quem não sabe, vou explicar de um jeito bem claro: Homem-Aranha, Wolverine, Hulk, Blade, Capitão América etc. Já ouviu falar? Então você conhece a Marvel. E tire da sua cabeça tudo o que você acha que sabe sobre esses heróis porque assistiu seus desenhos na TV ou viu algum de seus filmes no cinema. Aqui vou falar sobre eles nos quadrinhos. Ah, só pra terminar o parágrafo: Se você disse “Nossa, quem não conhece esses super-heróis? Eu amo o Superman e o Batman!”, então pode esquecer, porque esses dois são da DC, outra casa de quadrinhos. E alias, nunca diga isso perto de um fã da Marvel.

No post de hoje vou falar sobre os leitores da Marvel. Existem 5 tipos distintos de fãs:

* Fã Homem-Aranha: É o tipo de fã que acha que é grande o suficiente pra encarar qualquer “expert” em quadrinhos. Esse tipo de fã normalmente acha que o Homem-Aranha é o melhor em tudo, sendo que muitas vezes ele passa longe de ser o melhor. Esse tipo de fã não sabe quem é o Metalóide. Mas o problema não é esse. Todo mundo tem o direito de começar e não entender nada de nada. O problema é que esse tipo de fã não conhece nada e sai por aí contando um monte de merdas pra todo mundo. Eles se acham os sabichões dos quadrinhos, suas bases de informações são filmes e desenhos (que não batem em nada com as histórias dos quadrinhos) e também sobre boatos que ouviram sobre outros Homens-Aranha. Esse tipo de fã existe aos montes e é o único que espalha raiva pra todos os outros. Normalmente “esbanjam” seu conhecimento com frases como “O Hulk tem o poder de acertar as coisas na mira exata” ou “É claro que isso já aconteceu, eu vi em um desenho. No filme então foi mais ainda”. Raramente, quando seus cérebros funcionam um pouco mais que o normal, usam de quadrinhos para debater suas conversas. Mas, como são “sabichões”, sempre fazem isso de maneira errada. Ex: Fã Homem-Aranha: “É claro que o Hulk já bateu no Surfista Prateado. Já até comeu a cabeça dele naquela história!” – Fã Jubileu: “Só que essa história não conta na cronologia, pois todos eram zumbis e o roteirista só inventou isso pra gente dar umas risadas ¬¬”.

* Fã Jubileu: Esse não cheira nem fede. Igual ao nome da ex x-men Jubileu (que tinha poderes bem fraquinhos, digamos assim). Esse tipo de fã é muito legal. Eles começaram a ler faz pouco tempo, não conhecem muito do universo Marvel. Porém são honestos em dizer que não conhecem muito. Mesmo os que acham que sabem bastante conseguem manter uma conversa Marvel decente. Eles não tem medo de dizer “Olha, esse personagem/história eu não conheço. Você pode me contar como é? Fiquei curioso”. Sabem reconhecer fãs que tem mais conhecimento. E infelizmente alguns se deixam levar pela conversa dos Homens-Aranha.

* Fã Wolverine: Xará, esses fãs são muito legais de se ver em debates! Conhecem tudo de tudo. Sabem quem é quem , o que faz e o que fez. Esses fãs usam todo o seu poder de conhecimento para ficar horas em debates sobre “quem vence quem” ou “quem é o mais...”. Normalmente são cabeças-duras. Eles não aceitam nada que não seja o que eles acham que é o certo. E normalmente eles estão certos. Quando dois fãs Wolverines tem posições contrárias, saia de baixo! Eles vão usar todas as suas armas para provar que o seu oponente que errou. Vão xingar e se bater se for preciso. Mas no final tudo termina bem. Sai tanto conhecimento que você pode conhecer melhor os dois lados e decidir quem você acha que está certo.

* Fã Homem de Ferro: Esse é o tipo de fã que já não é mais Jubileu. Ele conhece muita coisa, mas ainda não é um sabe-tudo. Gosta de participar de todos os tipos de debates e sempre está aumentando o seu conhecimento. Leva esse nome porque é o tipo de fã que sabe quem é o Homem de Ferro e sabe sua história (e talvez até goste do personagem) antes mesmo de ser lançado seu filme. Porque, como todo fã sabe, depois que um personagem ganha um filme, a modinha toma conta dele. Muitos já passaram por isso. Até o Motoqueiro Fantasma! E o Homem de Ferro é o próximo.

* Fã Vigia: Sabe todos os tipos de fãs acima? Bom, esse sabe mais do que qualquer um daqueles juntos. Eles parecem que vivem pra observar cada detalhe de uma história. Normalmente não gostam de entrar em debates. Apenas contam o que já aconteceu. E sabem contar melhor do que ninguém. Lembrar de qualquer personagem, número em que saiu, primeira aparição etc. Eu mesmo só conheço um Vigia. E se tempo de leitura for necessário pra ser como ele, pode ter certeza que pra mim vai demorar, porque o cara já lê a mais de 25 anos

Depois de tudo isso, ainda existe espaço pra mais um tipo. Não, não é nenhum tipo de fã. É um tipo de leitor. Ele se encaixa em qualquer situação acima. E pode ter certeza

que na maioria das vezes se encaixa na descrição abaixo também:

*Fã J.J.Jameson: É o cara chato. Para ele, tudo está ruim. Nunca fica feliz com nada, só quando acontece o que ele queria. Quando um gibi não sai do lugar, reclama que não sai do lugar. Quando o gibi resolve ter uma mudança, reclama porque estão mudando tudo e estragando o personagem. Também reclama sobre os preços dos gibis, a editora (que nunca é boa, menos aquela, de anos atrás, que ele reclamava mas não sabia que era boa) e tudo o mais que aparecer. Já vi idiota querendo chamar o PROCON porque comprou um gibi sem saber que continha histórias repetidas. Eles reclamam de tudo mesmo. Até sobre o mix dos gibis (já que no Brasil os gibis vêm em mix de 4 histórias por gibi). Normalmente acham ruins as histórias mais legais e amam as que você mais odeia.

E qual desses fãs eu sou? Bom, não quero ficar em cima do muro. Se tivesse que me decidir, escolheria Jubileu (quem sabe Homem de Ferro?)

O leite

Tudo começou numa manhã de quarta feira. Robson, já absorto em pensamentos matinais sobre a rotina do resto do dia, acidentalmente derruba um copo de leite no chão. Ao olhar para a sujeira, identifica uma figura no chão formada pelo líquido derramado. Sai correndo.

Entra no carro, com o coração palpitando e aumenta um B.B.King no último volume. Vai para o trabalho. Todos do escritório o cumprimentam com entusiasmo, afinal, não é todo dia que alguém é promovido para diretor geral da empresa e dobra o salário. Promovido? Salário? Foi correndo até a sala do chefe, que lhe pedir para sentar. Contou como estava gostando de seu desempenho e como essa promoção foi merecida. Isso não está certo!

Trabalhou tenso o resto do dia, olhando para o relógio de hora em hora, a cada trinta minutos, a cada quinze minutos. 17h. Ufa, acabou. Não quis ir para a casa, onde geralmente jantava. Vivia sozinho e não era problema comer fora de vez em quando, era? Foi para o bar da Jina, na esquina da faculdade. Comeu três pedaços de pizza de mussarela, mastigando vorazmente. Foi para a aula. Odiava quarta feiras, era dia de apresentação de seminários... Cade o CD? Merda, merda, merda... Deixei em casa. Vai lá Robson, disse uma amiga, dá tempo de pegar. Um fio de suor escapou do rosto.

Pegou o carro, nervoso, e foi até a casa, caminho de 15 minutos. Pegou desvios, deu voltas e, ao fim de 40 minutos, chegou a casa. Aparentemente vazia, mas ele sabia que alguma coisa estava lá dentro e o esperava ansiosamente... Sabia que aquilo não estava certo. O CD está em cima da mesa, pego e saio correndo, fácil, fácil, pensou, sorrindo amarelo.

Ao tentar abrir a fechadura seu coração estacou. Ouviu ruídos vindos da cozinha, e era aquilo! Abriu cuidadosamente a porta e viu, de relance, uma criatura horrível, que pulou sobre seu corpo. Caralho! Como pesa! Pensava em várias coisas ao mesmo tempo, a maioria desnexa, não conseguia esboçar reação. Estava finalmente acontecendo, depois de tanto tempo... Achei que nunca mais veria isso, a promoção do trabalho foi um presságio, sempre ficava feliz antes de sofrer esse bote. A coisa de esquecer o CD, tudo planejado, tudo planejado!

Acordou. Olhou assustado para os lados, cadê? Será que sumiu? Levantou-se e foi até o chuveiro, tomou um banho demorado e desceu as escadas. A sujeira do leite estava lá e, ao lado, seu amigo Marcão, usando uma cueca sua. Foi aí que ele percebeu que aquilo não era um sonho, e seu amigo Marcão tinha sido mais que um amigo, olhou pro calendário torcendo para que não fosse quinta, era quinta. Queria morrer, queria morrer, quero morrer. Saiu correndo pela rua e foi até o bar, bebeu até à noite. Voltou pra casa. Robson, desculpa por tudo, disse Marcão. Eu tava necessitado, você sabe que eu amo você. Caralho, ama? E eu lá gosto de homem? Eu sei que não, mas você faria a mesma coisa se estivesse no meu estado, cinco dias sem sexo cara, CINCO DIAS! Vai pra cara Marcão, e não aparece de novo. Sempre derramava o leite, sempre se dava bem e sempre havia um porém nos dias que o Marcão aparecia, isso nunca era falho. Sabia que aquilo ia acontecer de novo, e torcia para que aquele homem de 120 kg nunca mais o procurasse.

Cinco mãos escrevem melhor que uma?

O pior inimigo da minhoca é o sexo. Minhocas se reproduzem sem sexo. Na verdade elas se reproduzem com sexo. Mas é sexo oral =)O sexo oral da minhoca demora em média 6 meses para terminar. Seeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeezar. Sexo oral é legal, mas não tente fazê-lo com minhocas. Não dá certo, provado. A sorte da minhoca é que ela não precisa se preocupar com dor do sexo anal. Até porque isso é uma prática das lesmas.

Assistir ao sexo anal das lesmas é a melhor maneira de se desestressar. Atualmente, existem 900 mil lesmas sofrendo de problemas de stress. Isso representa 0,2% da população de lesmas que realizam sexo anal. Mas o bom mesmo de ser uma lesma é que, elas, depois do sexo, vão embora e não olham na cara do parceiro =) Isso causa uma enorme reação em cadeira de lesmas brokenhearted, que choram e viram lesmas-emos.

A moda emo está se popularizando muito entre as lesmas, mas os participantes do reino animal que mais viram emo por ano são as baratas que casam com lagartixas O.o
As lesmas, por estarem virando emos, estão parando de fazer sexo. Por isso elas estão em extinção. Juntamente com as baratas emos, essas lesmas não sabem diferenciar a dor anal de uma dor no coração. Por isso os cardiologistas lesmísticos e baratísticos vivem lotados. Há um grande índice de morte por dor anal...

E se isso não fez o menor sentido pra você, você é normal.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Imagine um império. Uma fundação. Uma árvore bem antiga. Um pilar. Um homem forte e valente.

Passa-se tanto tempo desde sua criação que o império, a fundação, a árvore, o pilar e o homem esquecem-se que já passaram por problemas. Problemas esses que poderiam ter arruinado para sempre seu futuro. A dor que sentiram nesses momentos de provação é tão grande que eles esperam nunca mais ter que senti-la novamente. Mas no fundo, no fundo, eles sabem que irão sentir.

De repente, num dia qualquer, num momento qualquer, o pior acontece. Uma bomba atinge o império, a fundação é literalmente abalada, a árvore recebe a mais forte das machadadas, o pilar praticamente cai, o homem forte e valente deixa de ser forte e valente. No primeiro momento após o choque parece que nada aconteceu. A dor não se espalha. Mas essa é a pior parte. O medo terrível contagia a todos por alguns segundos junto com a certeza de que o sofrimento será longo e aparentemente interminável. Um frio na barriga, mais gelado do que um pulo do último andar de um prédio....e faz-se o silêncio. Então ela sobe, com a certeza que tinhamos todos, ela vem, como uma maldade, de baixo. Espalha-se rapidamente, exatamente para não deixar nenhum sobrevivente. Todos os prédios do império desmoronam, a fundação se despedaça, a árvore perde todas as raízes, o pilar finalmente cede e o homem chora como um bebê.


Mas a agonia, por mais que pareça o contrário, é passageira. Alguna moemntos depois tudo está normal e todos voltam a viver suas vidas. Esquecem-se até do que acabaram de passar. Mas no fundo no fundo, sabem que não foi a última vez.


É assim que se sente um homem quando é atingido nas partes íntimas...