Momentos em branco

Todos já ouviram falar algumas na maldita lei de Murphy. Essa, eu acredito ser a verdadeira lei que rege nossa sociedade, nossa vida, nosso mundo. Hoje vou tratar da sua vertente que mais aflinge os estudantes: o "dar" um branco.

Quem nunca passou horas, dias, semanas, meses ou até anos (no caso dos vestibulares) se preparando para uma prova, estudou sem cessar uma matéria específica até domina-la perfeitamente e na hora da prova até fica feliz ao se deparar com ela. Mas na hora que encosta o lápis no papel seu cérebro para. As palavras lhe fogem, os conceitos passam muito rápido pela sua cabeça , parecendo fugir de um incêndio mental até que o resultado final é aquele vazio. O branco. (Chamamos de branco, mas na minha cabeça as coisas não ficam brancas. Pelo contrário, fica tudo poluído. Poluído com todas as informações exceto a que eu preciso.)

O branco aparece na vida do ser humano nas horas em que menos poderia aparecer: além das provas já citadas ele vem sempre junto com apresentações de trabalho na frente da sala inteira, resposta para a pergunta que o professor lhe fez exatamente por saber que você estava conversando, entre outras. Lógico que muitas vezes o branco nos ataca fora da vida acadêmica. Não importa quantas vezes você ensaie a desculpa sobre seu atraso para seus pais ou parceiro, na hora que você for utiliza-la, seu cérebro irá travar, você irá gaguejar até simplesmente não falar nada.

Como fugir do branco:

Não há como! O branco é mais forte! Por isso faz parte da lei de Murphy. Mas existe uma forma de viver feliz apesar dele. Uma vez que você aceite que não conseguirá realizar aquela prova perfeita e tirar o 10 tão sonhado, o seu grupo vai sofrer uma penalização na nota da apresentação porque você irá se esquecer o que tinha que falar, você não será capaz de lembrar o nome da música nova da sua banda preferida para poder baixar na internet e muito menos cantar para que seus amigos, também fãs, possam saber de que se trata seu conteúdo. A tentativa de impedir o branco de acontecer é tão eficaz quanto uma tentativa de impedir o sol de nascer no dia seguinte. Somos fracos. Vamos sofrer com isso. O máximo que podemos fazer é diminuir o estress que tais situações nos traz, lembrando o quão inevitáveis ela são. Não foi a primeira vez que ocorreu e, com certeza absoluta, não será a última.


ps: Esse post nasceu de um branco sobre qual seria o conteúdo do mesmo.