Nháa (Teste de narração)

Acordei pensando em dormir, merda, não quero enfrentar outro dia. Ainda bem que o feriado tá chegando e eu vou poder dormir. Bom, levantei, fui tomar banho, lavei a cabeça com o novo shampoo da dove que eu comprei e tive que enfrentar uma fila enorme no supermercado pra conseguir pagar.

Me vesti com uma roupa preta, eu adoro usar roupas pretas. Ainda bem que a camiseta do meu antigo grupo de teatro tava limpa, odeio quando eu quero usar alguma camiseta legal e todas estão pra lavar. Peguei a mala e saí correndo pra faculdade, como sempre, pra pegar o ônibus que passa as 7h00, mas eu peguei o das 7h15.

Assisti a uma aula de filosofia, mas não foi tão legal por que as pessoas não paravam de conversar. Eu odeio quando alguém fica conversando e você quer fazer outra coisa, parece que as pessoas não se mancam. Peguei o ônibus pra casa e no caminho eu terminei de ler o livro do qual eu fiz a prova segunda.

Cheguei em casa e, pra variar, tive que fazer o almoço. Fazer o almoço nunca é o problema, o impecílio é que uma hora acaba a criatividade para pratos diferentes. Enfim eu fiz uma salada beterradaba e comi vorazmente. Fui terminar de ler o livro, eu não posso dormir de tarde, nem se eu quisesse. Terminei e peguei a guitarra, me sinto tão bem quando estudo guitarra, meus dedos parecem que ficam felizes alongados depois do estudo.

Sai pra São Paulo pra aula de guitarra, um pouco mais cedo, porque tinha que passar no banco antes de ir pra aula. A segunda aula do mês sempre é o pagamento, a melhor parte para o professor e a pior parte pra mim. Faz pouco tempo que a aula mudou de lugar, agora é na estação praça da árvore. Lá é legal porque o lugar fica mais perto do metrô em relação à outra sala, mas tem muito camelô. Principalmente os que vendem o dvd "tropa de elite", que, alias, não assisti e nem tenho vontade de...

O caminho metrô-sala é divertido, tem muitos móteis, meu deus como tem motéis naquele lugar. Tem também alguns cinemas para velhos solitários. O filme em cartaz hoje era "jorrada nas estrelas", não sei se é bom ou não, e prefiro continuar não sabendo. Na volta pra casa uma mulher no ônibus ficou repetindo "pessoal, olha a balinha que está na promoção" essa frase só mudando a construção gramatical umas cinquenta vezes. Merda, já disse que não tenho cinquenta centavos.

Finalmente eu chego em casa e vou dormir. Eu gosto de dormir, pena que nos dias de semana é tão pouco tempo que a noite dura. Eu queria que durasse mais, assim eu poderia sonhar mais, eu quase nunca lembro dos meus sonhos, queria lembrar pra eu poder contar pras pessoas sobre eles. Quando a gente relembra os sonhos faz um exercício mental, de memória. A minha memória anda péssima, eu queria lembrar de mais sonhos.