quarta-feira, 14 de novembro de 2007

E se...

Todas as pessoas no mundo já pararam pelo menos uma vez para pensar: “E se...”. Esse tipo de pensamento é mais do que comum nas nossas vidas. Mas nunca paramos pra refletir neles de verdade.

É claro que pensamos em muitas coisas , como “E se eu não tivesse derrubado sorvete naquele meu amigo, que ficou muito puto com isso e nunca mais falou comigo?”. Só que nunca vamos muito além do “E se...”.

Agora, vamos pensar:

João é um garoto comum. Num determinado dia, João tem a rara experiência de atravessar o portal do “E se...” e conhecer todas suas contrapartes de uma infinidade de dimensões, onde ele tomou outras decisões.

- Quem é você? – Indagou João, espantado com uma contraparte sua totalmente diferente dele. Era um garoto musculoso, com cabelos tingidos de verde e roxo, tinha várias tatuagens e alguns piercings no rosto.

- Eu sou sua contraparte, oras! – Disse o estranho João de cabelos pintados – Lembra aquela vez que você pensou em conversar com a sua mãe a respeito de por um brinco na orelha? Pois bem, diferente de você, eu tive essa conversa. Acabei convencendo ela e meu pai de que era muito legal enfeitar o corpo. Eles acharam a idéia tão boa que fizeram mais piercings do que eu. Fizeram mais tatuagens também. O papai abriu uma loja de roupas exóticas e em menos de um ano nós conseguimos ficar ricos. Hoje em dia passamos o tempo todo malhando na academia. Eu já ganhei 3 mundiais e vale tudo e sou adepto da bigamia. Minhas três esposas são maravilhosas!

João não achou legal aquilo. Por quê ele não teve a mesma idéia que aquele João musculoso? Ele ficou tão irritado de saber sobre aquilo que foi falar com um outro João. Era igual a ele.

- Olá meu “eu” de outra dimensão! Como vai você?

- Dãã? Oi? – Disse o outro João, babando e com cara de bobo.

- O que você quis dizer?

- Me desculpe, cara – Interrompeu outro João – Ele ficou louco depois que pôs em prática aquela sua idéia de clonar seres humanos usando sangue, milho pra pipoca e algumas caixas de fósforo. A idéia deu certo e ele ficou muito famoso, mas ao ver que líderes cruéis como Hitler estavam sendo clonados, ele enlouqueceu!

- E quem é você?

- Eu sou o clone dele. Teoricamente não sou nenhum de vocês daqui. Sou apenas um clone que serve ao princípio de cuidar deste pobre João...

João já estava farto daqueles homens totalmente diferentes. Será que uma única decisão pequena tomada poderia afetar tanto assim a vida dele? João então se aproximou de mais um clone. Ele estava mal vestido e muito sujo.

- O que aconteceu com você?

- Bom. Lembra quando você experimentou mandar uma carta pelo correio ao passado, para avisar seu pai que ele deveria vender as ações da empresa antes dela falir? Eu achei que era uma boa idéia, fiz a carta e mandei. A coisa toda inexplicavelmente deu certo e a realidade se alterou. Nosso pai vendeu as ações, mas gastou tudo com jogos e prostitutas. No fim ele deixou várias dívidas para mim e olha como estou...

João começou a se sentir louco. Não agüentava tanta insanidade junta. Pegou uma arma e estourou seus miolos.

- Nossa! – Gritou um João – Ele se matou!

- Eu sei... – Disse outro João – Eu ia fazer isso, mas desisti.

- E o que ele faria se fosse você, e não tivesse se matado?

- Ah... Quase nada. Só sairia daqui pra postar num blog vagabundo...

3 comentários:

Fernando Vidotto disse...

bom post!

é muito difícil viver sem ficar pensando "e se", ainda mais quando algo dá errado...oq não se pode fazer é viver somente pensando nisso né?

Bruno Bello disse...

Eu não sabia como terminar o post e roubei a ideia do slash de comentar sobre o blog xD

Slash disse...

o slash de outra dimensão não gosta de sexo...xDD